segunda-feira, 20 de junho de 2016

Professores permanecem em greve para garantir negociações no TJ


 Diante dos desdobramentos da judicialização da greve docente no judiciário, apresentados em audiência pública realizada no dia 15 junho, os professore da Uespi se reuniram em Assembleia Geral na manhã desta segunda-feira (20) para analisar o movimento grevista e propor novos encaminhamentos. Na ocasião, a categoria deliberou, por 42 a 40 votos, pela permanência da greve para pressionar decisão favorável do Tribunal de Justiça.

As demandas que o governo do estado ainda não apresentou nenhuma proposta são; a) o ressarcimento do retroativo referente às progressões, promoções e mudança de regime aprovadas já publicadas em Diário Oficial e atrasados desde julho de 2015; b) a implantação do reajuste salarial dos professores - defasado há três anos e afetado pelo crescimento da inflação; c) a realização de concurso público para docentes e técnicos administrativos da UESPI. A ADCESP reivindica que o governo cumpra seu papel e negocie com a categoria.

O governo se mantém inflexível quanto ao reajuste salarial anual dos professores, que segue em situação de congelamento há três anos, e quanto ao reconhecimento e pagamento dos retroativos das promoções, progressões e mudanças de nível, houve importantes avanços na própria negociação, mas ainda não há garantia de pagamento. Conhecido por sua posição de não negociar com categorias em greve, o Governador Wellington Dias (PT), viu-se obrigado a negociar com as categorias e a reconhecer a importância do movimento paredista.

Não existe nenhum recurso desfavorável a legalidade da greve. A ADCESP, através de sua assessoria Jurídica, apresentou processo de dissídio a ser julgado pelo desembargador Raimundo Alencar, responsável pelo julgamento do caso.

Para o advogado da ADCESP, Gustavo Amorim, não foi apresentada nenhuma prova, por parte do governo Estadual, de que não há recursos financeiros públicos necessários para a implementação das demandas apresentadas pela categoria docente. “Encontramos uma dificuldade política imensurável porque os gestores do governo sempre veiculam o aumento salarial da categoria, ao descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Aguardamos o judiciário se basear no processo do estado não apresentar qualquer prova de dificuldade financeira. Não tem nenhum processo sequer comprovando a dificuldade que o Estado passa para não atender às reivindicações por retroativo e reajuste. Essa dificuldade acaba virando uma caixa preta”, alerta o advogado.

Para o concurso público, acordou-se que será criada uma comissão, paralela ao Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UESPI, destinada a elaborar o edital do certame, que virá a admitir novos docentes e técnicos para a universidade.


Em breve mais informações. 




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