sexta-feira, 30 de maio de 2014

UESPI precisa de mais 529 professores efetivos, aponta estudo do MP

Reunião no MP dia 29/05. Foto de Renato Rodrigues

Um estudo aponta para a necessidade de contratação imediata de 529 professores efetivos na Universidade Estadual do Piauí (Uespi). O levantamento foi feito na manhã de quinta-feira (29) em reunião na 44ª Promotoria de Justiça, envolvendo o promotor Fernando Santos, o reitor Nouga Cardoso (reitor), representantes da Associação dos Docentes da Uespi (Adcesp) e do movimento estudantil na Instituição.

Foram estudadas planilhas que tratam sobre o número atual de professores efetivos, número de professores temporários (em sua maioria ilegalmente atuando sob a denominação de “substitutos”), de todos os campi e cursos em que a reitoria da Universidade planeja disponibilizar vagas no Sisu/Enem deste ano.  A reivindicação de nomeação de professores classificados no último concurso para professor efetivo e lançamento de edital para preenchimento das vagas restantes são algumas das principais pautas do movimento SOS UESPI, realizado por estudantes, professores e servidores.

O movimento também reivindica mais verbas e autonomia financeira para a Uespi, assistência estudantil, melhoria estrutural dos campi, compra de equipamentos, livros, contratação de servidores técnico-administrativos efetivos dentre outras demandas. Na última quarta-feira (28) pela manhã, no Dia Nacional de Mobilização das Universidades Estaduais e Municipais convocado pelo Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes SN), cerca de 500 pessoas, entre estudantes, professores e servidores, foram às ruas no centro de Teresina para denunciar o sucateamento da Uespi e cobrar soluções.

O levantamento preliminar realizado na reunião no Ministério Público aponta que os dois campi da Uespi em Teresina necessitam de 140 professores efetivos, sendo que 32 no campus Clóvis Moura (Dirceu) e 108 no campus Poeta Torquato Neto (Pirajá). Em Floriano, a carência é de 69 professores efetivos, enquanto que em Parnaíba o déficit é de 66 docentes. Em Picos, a necessidade é de 50 profissionais efetivos. Há necessidade de professores efetivos também em Piripiri (35), Oeiras (29), São Raimundo Nonato (26), Barras (25), Uruçuí (23), Corrente (22), Campo Maior (18), Bom Jesus (17), e União (9).


Ato do dia 28 de maio. Foto de Hermeson Cassiano
“O número apontado pelo estudo praticamente coincide com o que defendíamos junto ao governo e reitoria. Porém, a necessidade de professores é ainda maior se formos considerar os campi em que a reitoria não pretende oferecer vagas no próximo processo de seleção de estudantes. Os campi de Amarante, Fronteiras-PI, Pedro II e Valença estão de fora deste cálculo de necessidades de professores efetivos. Caso isso se concretize, é um passo largo para o fechamento de cursos nestas cidades, sem qualquer discussão com as comunidades envolvidas. A comunidade universitária precisa ser ouvida”,  defende Daniel Solon, presidente da Associação dos Docentes da UESPI (Adcesp).

O estudo é um dos encaminhamentos da Audiência Pública realizada pelo promotor Fernando Santos no dia 15 de maio, no auditório central do campus Poeta Torquato Neto. Com o levantamento, o Ministério Público vai solicitar audiência com representantes do Governo do Estado para tratar da necessidade de contração de professores efetivos, seguindo o que manda a legislação estadual.


Ato do dia 28 de maio. Foto de Daniel Solon

PRAZO ACABANDO - De acordo com a Lei Complementar Estadual n° 124/2009, todo o quadro docente da Uespi deveria ser professores efetivos até 1° de julho de 2013. Em agosto do ano passado, no entanto, o então governador Wilson Martins (PSB) alterou o prazo em mais um ano, através da Lei Estadual 6.402/2013. “O que vemos é mais enrolação. Estamos chegando ao dia 1° de julho de 2014 sem que os governos respeitassem a lei e realizassem os concursos devidos. Por isso, milhares de estudantes foram prejudicados este semestre, sem professor em sala de aula”, afirma Renato Rodrigues, da Assembleia Nacional de Estudantes Livre (Anel), que participou da reunião no Ministério Público.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Nesta quarta, dia de tomar as ruas em defesa da UESPI


Convidamos toda a comunidade universitária e à sociedade piauiense a participar de ato público em defesa da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) neste dia 28 de maio (quarta-feira), às 8h30, no centro de Teresina (concentração na Av. Frei Serafim, em frente ao supermercado Bom Preço).

Motivos não faltam para nós das Uespi irmos às ruas neste dia 28, convocado pelo Sindicato Nacional dos Docentes de Ensino Superior (Andes SN) como o Dia Nacional de Mobilização das Universidades Estaduais e Municipais. O que já estava ruim antes de o governador Zé Filho (PMDB) assumir, piorou agora com o anúncio dos cortes de verbas sofridas pela UESPI, e com a suspensão de vários direitos como promoção e progressão na carreira docente e de servidores técnico-administrativos, além de retirada de gratificações por insalubridade/periculosidade.

Todos estes direitos que foram atacados pelo governo Zé Filho estão garantidos por Lei, nos Planos de Cargos e Salários dos docentes e técnico-administrativos. Além disso, muitos estudantes ainda sofrem com a falta de professores para ministrar disciplinas, isso faltando dois meses para o encerramento do período letivo, segundo calendário da Uespi.
Neste dia 28, vamos sair às ruas e cobrar do governo Zé Filho (PMDB) o pagamento dos direitos que nos são devidos, mais investimentos e autonomia financeira para a UESPI, contratação de professores classificados no último concurso para cargo efetivo, novo concurso, política de assistência estudantil e melhorias gerais para a Universidade.

Participe!

Relatório da reunião do Consun da Uespi


Relatório da Conselheira Lina Santana (representante da ADCESP) sobre a 221ª Reunião Extraordinária do Conselho Universitário (Consun) da UESPI que fora realizado dia 21/05/2014 em Teresina.

1) Processo n° 03587/14 que trata da Minuta de resolução que regulamenta as Eleições para cargos de Coordenadores de Cursos da UESPI, Biênio 2014/2016.

Apesar dos critérios e documentação necessários para inscrição do docente ao cargo de coordenador já terem sido estabelecidos em reunião anterior, pedi esclarecimento a respeito do que ocorrera na última eleição para coordenador no campus de Corrente. Nesta ocasião foi exigido dos professores que tinham interesse em se candidatarem ao cargo, o Termo de Posse de ingresso na UESPI, contudo, estes professores não possuem este documento por que os mesmo ingressaram na UESPI através diferenciado de concurso. A professora Ailma do Nascimento, que presidia a reunião, leu os critérios para as eleições 2014 e neles não há este critério. As eleições devem ocorrer em todos os campi e naqueles onde não haja professores efetivos para concorrerem ao referido cargo, foi sugerido que haja uma consulta junto aos discentes com o nome de professores em estágio probatório, o que dará um respaldo ao docente, ao contrário de ser escolhido/nomeado pelo reitor da instituição. Também ficou acordado que os nomes dos coordenadores que forem eleitos, quer por eleição, quer por consulta a comunidade universitária serão acatados pelo reitor. A reunião seria para apresentar o calendário com as datas para a próxima eleição e que será publicizado a toda a comunidade. (Ver http://www.uespi.br/site/?p=53671)

2. Processo nº 04098/14 e 04421/14 que trata da apreciação, em caráter de recurso de decisão, do Processo nº 08756/13 que versa sobre solicitação da emissão de portaria de afastamento da Profª. Silvana da Silva Ribeiro. O relator do processo o enviou a PROJUR, visto que não possui documentação suficiente para deferir o processo. A decisão foi acatada por todos.

3. Processo nº 04248/14 que trata da apreciação de minuta de Resolução de Criação do Núcleo de Inovação Tecnológica-NIT/UESPI. O conselheiro relator do processo explicou a importância de se ter na UESPI um núcleo de inovação tecnológica, quais seus objetivos, funcionamento, estrutura, entre outros. Houve alguns questionamento a respeito do ponto referente ao marketing e, que após certos esclarecimentos, foi aprovado por todos os conselheiros presentes.

Teresina, 21 de maio de 2014

Lina Santana - Conselheira

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Governo Zé Filho (PMDB) congela mudanças de nível, progressões e corta insalubridade de professores e servidores da Uespi

ALERTA GERAL! 

Acabamos de sofrer mais um gravíssimo ataque à pouca autonomia administrativa da Uespi e aos direitos dos professores e servidores desta Instituição. O site oficial da UESPI acaba de divulgar nota em que informa à comunidade sobre corte de recursos para nossa Universidade, afetando os trabalhadores desta Instituição. 

No caso dos professores, as mudanças de nível (de I para II etc) e de classe (de professor auxiliar para assistente, de assistente para adjunto, de adjunto para associado) não foram implementadas pelo governo Zé Filho (PMDB), conforme previsão da administração superior e reivindicações dos professores, contrariando nosso direito previsto em Lei. Além disso, não foram efetuadas mudanças de regime de trabalho dos professores (40h e Dedicação Exclusiva). 

São medidas duríssimas, que desrespeitam o Plano de Cargos, Carreira e Salário da categoria docente, afetando a vida acadêmica de professor e professora que se dedicou para ter acesso a estes direitos, cumprindo todos os requisitos para tal, dentre eles, produção acadêmica em ensino, pesquisa e extensão, publicações, participação em eventos, tempo de serviço e aumento de titulação (no caso da progressão). Também foram reduzidos os adicionais por insalubridade de professores e servidores, direitos também assegurados em lei. 

Exigimos do governo Zé Filho respeito aos nossos direitos, ato tempo em que reforçamos o chamado para que toda a comunidade universitária reforce o processo de mobilização e de construção para o dia 28 de Maio, Dia Nacional de Luta das Universidades Estaduais e Municipais. Caso tais ataques sejam mantidos, chamaremos uma assembleia geral que pode culminar inclusive com a deflagração de uma greve. Todos às ruas dia 28 de maio! 

Ver nota do site da UESPI em: http://www.uespi.br/site/?p=53797

quinta-feira, 22 de maio de 2014

28 de maio: todos nas ruas em defesa da UESPI


Em conjunto com estudantes, professores e servidores da Uespi, estamos construindo o dia 28 de Maio, Dia Nacional de Mobilização das Universidades Públicas Estaduais e Municipais, aprovado em Congresso do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes SN, ao qual a ADCESP faz parte).

Neste dia, a comunidade uespiana de norte a sul, ganhará as ruas de Teresina para cobrar, do governo, melhorias gerais para a nossa Universidade, com orçamento adequado e autonomia. Temos vários problemas urgentes a resolver, dentre eles a carência de professores efetivos. A reitoria fala na necessidade imediata de contratação de 360 professores efetivos. A situação é bastante delicada e está ameaçando de cancelamento 401 disciplinas ofertadas no período 2014.1, além de haver a ameaça de não serem ofertadas vagas no próximo processo seletivo (Sisu/Enem) em dezenas de cursos, conforme anuncia a reitoria.

No dia 28, faremos um ato público que culminará em visita ao Palácio de Karnak. Fizemos solicitação para que neste mesmo dia sejamos recebidos em uma audiência com o governador Zé Filho (PMDB). A concentração do ato público acontece às 8h30, na Av. Frei Serafim (em frente ao Bom Preço).
Já temos a confirmação de caravanas de alguns campi e estamos empenhados em aumentar ainda mais a participação nesta importante atividade.

Organize sua caravana! Em caso de necessidade, entre em contato conosco (86) 8876-0200 e apresente a demanda para que possamos atuar e contribuir para sua presença.

Todos em defesa da Uespi! 



segunda-feira, 19 de maio de 2014

Respostas insuficientes: SEAD garante contratação de apenas 12 professores efetivos

Nesta segunda (19) pela manhã, houve reunião na Secretaria Estadual de Administração, com membros da Associação dos Docentes da Uespi (Adcesp), Sindicato dos Técnicos Administrativos da Uespi (Sintuespi), movimento estudantil e professoras classificadas no último concurso para cargo efetivo. A comunidade universitária cobra do governo do Estado respostas imediatas a carência de professores e infraestrutura, e a baixa remuneração, no caso de docentes e técnicos. A reunião com o secretário João Henrique foi considerada muito rápida e insatisfatória. Por isso, estudantes e professores se empenham em construir um calendário de mobilizações e atos públicos para denunciar o descaso para com a Uespi e exigir soluções do governo. Para o dia 28 de maio, por exemplo, está sendo convocada uma grande manifestação no centro de Teresina, com pedido de audiência ao governador Zé Filho (PMDB).

“Vamos por etapas”. Esse foi o encaminhamento dado pelo secretário Estadual de administração, João Henrique, à nomeação de professores classificados desde a homologação do concurso de 2011. Para o secretário, a primeira etapa será a nomeação de 12 professores classificados no último certame, conforme decisão judicial, que deverão substituir 12 cargos ociosos após aposentadorias, exonerações e falecimentos.

Após o concurso de 2011, formou-se uma lista de 91 professores classificados, que podem ser nomeados mesmo após o vencimento do certame, judicializado no início deste ano. A reitoria solicitou a nomeação de 37 docentes, o que foi, de início, negado pelo governador Zé Filho. A proposta do secretário João Henrique é dividir a nomeação em etapas, o que não diminui a desconfiança por parte da comunidade acadêmica em meados do período letivo.

Secretário de Administração, João Henrique.
“É mais fácil chegarmos com a solicitação de nomeação de 25 [professores] do que de 91 ou de 100, ou de 120. Vamos trabalhar imediatamente com a nomeação dos 12 nomes. Duas semanas depois nós trabalhamos na questão dos 25 que estão faltando para fechar a lista de 37 classificados. Após isso, junto com o sindicato, nós vemos o que está faltando para completar a lista dos 91”, propôs o secretário de administração.

Para Daniel Solon, presidente da ADCESP, “a previsão legal, do próprio orçamento da UESPI deste ano, é de 100 vagas novas. Isso viabiliza a contração imediata não só de 37 classificados, mas dos 91, de acordo com a necessidade da Uespi e em comum acordo com o Ministério Público, ao mesmo tempo em se abre edital de novo concurso público para professor efetivo. A própria reitoria reconhece a necessidade imediata de 360 novos professores efetivos. Se é assim, que o edital seja para 360 vagas”.

        "A própria reitoria reconhece a necessidade imediata
         de 360 novos professores efetivos", informou Solon.
Para os estudantes, a reunião não respondeu a pressa que exige um fim de período letivo com mais de 400 disciplinas sem professores e amparo técnico. “Na reunião vimos que conversar, através da burocracia, não está dando certo. Sempre nos pedem 'paciência'. Acontece que há muito tempo estamos esperando. Temos certeza de que o próximo passo agora é pressionar indo para as ruas. A nossa reivindicação é que a mídia local e nacional se posicione e alerte a população sobre a nossa situação. Enquanto não tivermos nossos direitos garantidos nós vamos continuar lutando”, afirmou a estudante de Direito da UESPI de Teresina, Mona Muio Lima.

Além das demandas por professores também foram colocadas em reunião as questões acerca da falta de estrutura e de investimentos na universidade. Para isso o secretário João Henrique respondeu: “Sobre as outras reivindicações: dizem respeito ao reitor brigar por mais verbas para podermos atender porque não diz respeito somente a mim”, justificou. O reitor Nouga Cardoso e o prof. Isídio (da Preg), participaram da reunião. 


As nomeações são garantidas por lei

O governo do Estado do Piauí é obrigado pela Lei Complementar nº 124/2009 a realizar a contratação de mais de 300 professores efetivos para a Universidade Estadual do Piauí ainda este ano, mediante concurso público. É mais um motivo para que a reitoria da UESPI deixe de realizar concursos para contratação de professores provisórios ou substitutos, e faça a nomeação, juntamente com o governo do Estado, dos candidatos classificados no último concurso para professor efetivo, nos cursos onde há necessidade.

Além disso, a Adcesp reivindica a realização de novo concurso público para contratação de professores efetivos ainda no primeiro semestre de 2014, para cumprimento do Artigo 47 da Lei Complementar 124/2009. Quando a Lei foi sancionada em 2009, estabeleceu-se um prazo de quatro anos para que todos os professores da UESPI fossem do quadro efetivo e que só se admitiria contratação de substitutos para, temporariamente, lecionarem em casos de afastamento de docentes do quadro efetivo (para mestrado, doutorado, tratamento médico etc). O prazo de quatro anos expirou em Julho de 2013. Em agosto de 2013, no entanto, foi aprovada nova lei que esticou o prazo para 1º de Julho desta ano. Após esta data a UESPI é proibida de contratar professores temporários e obrigada a efetivar seu quadro de docentes permanentes.

Segundo dados da própria reitoria da instituição repassados ao Ministério Público Estadual, atualmente, a Uespi possui 1.527 professores, sendo 615 temporários, o que já ultrapassa em muito os 30% exigidos pela lei.

Promotor Fernando Santos em audiência pública ao lado
de representantes da Adcesp, reitoria e movimento estudantil.
“Em agosto de 2013 expedimos recomendação ao então governador do estado e ao reitor da Uespi sugerindo a imediata convocação dos professores aprovados e classificados nos concursos públicos regidos pelos editais de 2011 e a realização de um novo concurso público para contratação de professores efetivos”, afirmou o promotor de Justiça, Fernando Santos, em audiência pública realizada na universidade no último dia 15.

“Sem a contratação dos professores aprovados no concurso de 2011 e sem a realização de um novo concurso para professor efetivo, muitos cursos serão prejudicados. Alguns cursos poderão, inclusive, ser fechados, a exemplo de Direito em Picos, Floriano e Piripiri, cujo número de professores efetivos é insuficiente para atender a demanda”, alertou o promotor.

sábado, 17 de maio de 2014

20 de maio: dia de mobilização na UESPI


A Associação dos Docentes da UESPI (Adcesp) convoca todos os professores, estudantes e servidores para um dia estadual de mobilização nesta terça-feira, 20, em defesa da Educação Pública. Neste dia, professores da rede estadual (filiados ao Sinte) e rede municipal de Teresina (filiados ao Sindserm) também se mobilizam, realizando um dia de paralisação.

A mobilização de terça-feira na UESPI é uma preparação para o dia 28, Dia Nacional de Luta em Defesa das Universidades Estaduais e Municipais, conforme aprovado no congresso do Sindicato Nacional dos Docentes de Ensino Superior (Andes SN).

A categoria docente, em conjunto com Centros Acadêmicos (CAs), Movimento DCE UESPI Livre, coletivos estudantis, além do movimento SOS UESPI, estão organizando uma grande manifestação no dia 28 de maio, sendo esperada a participação de caravanas de vários campi, de norte a sul do Piauí. A comunidade acadêmica, mais uma vez, estará reivindicando mais verbas para UESPI funcionar dignamente, e que se ampliem os investimentos em ensino, pesquisa e extensão, assistência estudantil. Também reivindicamos a efetivação de todo o quadro docente (nomeação dos professores classificados no último concurso, e realização de novo concurso), para se respeitar o que diz a Lei 124/2009 (PCCS dos docentes da UESPI).

Já foram realizadas várias manifestaçãoes neste semestre letivo, em diversos campi da UESPI. Em todas elas, o objetivo é alertar o Governo do Estado sobre os problemas da UESPI, cobrar soluções, e mostrar à sociedade o papel relevante que a UESPI tem na formação de profissionais para o mercado de trabalho. E esse trabalho agora está comprometido pela inércia do atual governador José Filho (PMDB), que ainda não nomeou os professores classificados do último concurso. 

Os governos Wilson Martins (PSB) Wellington Dias poderiam ter evitado a atual situação da UESPI, se tivessem ouvido as reivindicações da comunidade universitária no que se refere à necessidade de efetivação dos professores, conforme a Lei 124 sancionada ainda em 2009. Zé Filho, no entanto, poderia avançar na resolução deste problema, mas não tem interesse. Como resultado, hoje 401 disciplinas que ainda não se iniciaram neste semestre (2014.1) e já estamos com mais da metade deste semestre cursado, simplesmente por falta de professor.


 Greves estudantis sacodem Uruçuí e SRN


Disciplinas sem professores, falta de estrutura física (laboratórios, salas de aula, bibliotecas, restaurantes universitários, residências universitárias), falta de equipamentos e de assistência estudantil... Essa é a realidade enfrentada pelos estudantes nos campi da Uespi. Para mudar esta situação, o movimento estudantil está realizando mobilizações em diversos campi da UESPI. A audiência pública realizada pelo Ministério Público Estadual na UESPI, dia 15, para discutir os problemas da Instituição, foi muito importante no processo de mobilização.

Em Uruçuí (desde 24 de abril) e em São Raimundo Nonato (desde 14 de maio) , os estudantes resolveram deflagrar greve. A Adcesp manifesta total apoio às greves estudantis e chama toda a sociedade a exigir que o governo Zé Filho abra negociação imediata para atendimento das demandas da comunidade universitária!

Todos em defesa da Uespi!


 Acima, em São Raimundo Nonato. Abaixo, em Uruçuí.



quinta-feira, 15 de maio de 2014

15M: Comunidade lota auditório e exige melhorias urgentes na UESPI

                                                      (foto: Ascom UESPI)

A audiência pública convocada pelo Ministério Público Estadual para discutir os problemas da UESPI contou com ampla participação da comunidade universitária, que lotou o auditório central do campus Poeta Torquato Neto. A audiência aconteceu na manhã desta quinta-feira (15) e foi provocada por entidades e coletivos que compõem o movimento SOS UESPI, dentre elas a Associação dos Docentes da UESPI (ADCESP). Foi uma atividade importante na retomada do processo de mobilização em defesa da Universidade Estadual do Piauí, com forte atuação de centros acadêmicos e coletivos estudantis (dentre eles o Movimento DCE UESPI Livre).



O chamado 15M da Uespi sacudiu o campus Torquato Neto, tendo forte presença de estudantes de Teresina, Barras, Campo Maior, São Raimundo Nonato e Uruçuí (os dois últimos, em greve estudantil), que expuseram os problemas sofridos (desde inexistência de professores para inúmeras disciplinas, falta de políticas de assistência estudantil, situação estrutural precária dos campi). O 15M fortaleceu o chamado para a construção do calendário de lutas já aprovado na Uespi, com paralisações marcadas para os dias 20 (próxima terça-feira) e 28 de maio (Dia Nacional de Luta em Defesa das Universidades Públicas Estaduais) para forçar o governo a atender nossas reivindicações. Em nível nacional, em várias capitais brasileiras, o 15M também foi marcado por importantes manifestações contra as injustiças da Copa e em defesa de direitos.

                                                           (foto: Orlando Berti)

Dentre as reivindicações apresentadas na Audiência Pública do MP na UESPI estavam:

- Nomeação dos 91 professores classificados no último concurso para cargo efetivo
- Abertura de novo concurso para efetivação de todas as vagas restantes de professores
- Melhoria orçamentária e autonomia financeira da Uespi
- Mais servidores efetivos para a Uespi
- Política de acessibilidade para pessoas com deficiência física nos campi
- Política de assistência estudantil (restaurante universitária; mais e melhores bolsas estudantis; moradia; creche-escola para filhos de estudantes; fim dos atrasos nos pagamentos de bolsas estudantis);
- Mais e melhores estruturas físicas para a Uespi (uma das demandas é a aquisição do prédio da falida faculdade CET que foi erguida ao lado do campus Torquato Neto, e o prédio do ISEAF; construção e equipagem de laboratórios e bibliotecas; salas de aulas decentes)


Um dos pontos mais abordados foi a carência de professores efetivos da Uespi. A reitoria já relatou a necessidade de 300 novos professores efetivos para a atual demanda da Universidade (o que passaria de 850 professores efetivos para 1.150 professores efetivos). Acontece que a Lei Complementar 124/2009, que foi aprovada depois de estudos feitos pela Administração Superior, em comum acordo com o Governo Estadual à época (Julho de 2009), estabelecia que o quadro docente da UESPI seria de no mínimo 1.699 professores efetivos.

O prazo estabelecido pela Lei 124/2009 para efetivação de todo o quadro docente expirou em julho de 2013, sendo que o governo, em agosto do ano passado, fez aprovar o prolongamento do prazo até julho de 2014. Desta forma, como o Ministério Público e o movimento SOS UESPI acreditam que a necessidade é maior do que a reitoria acredita, foi aprovada a composição de uma comissão (Ministério Público, reitoria, movimento docente e movimento estudantil) para estudar a real necessidade de professores efetivos.

Protesto contra o descaso

O secretário estadual de Administração, João Henrique Sousa, e o secretário de Governo, Freitas Neto, não compareceram à audiência. Resolveram mandar representantes sem poder de decisão, fato que frustrou bastante a comunidade universitária, gerando protestos. No primeiro momento da assembleia, quando os representantes do governo iriam iniciar participação, muitos presentes deram às costas. "Estamos fazendo o que o governo faz constantemente com a Uespi", disse uma estudante.





 Em outro momento, os representantes do governo, Diego Moreira (da Secretaria de Governo) e Wélgma Rodrigues (Secretaria de Administração) explicaram que estavam ali como técnicos e que levariam as reivindicações apresentadas. O reitor Nouga Cardoso, também presente, foi diversas vezes cobrado para que se ponha ao lado do movimento SOS UESPI e que exija, com coragem e independência, melhorias para a UESPI, nomeação dos classificados e mais professores e técnicos efetivos. Além disso, que o reitor  - na condição de eleito pela comunidade universitária - denuncie o descaso do governo para com a Uespi.

Nas falas da comunidade durante a audiência, também foram questionadas as remoções de professores do interior sem critérios democráticos e transparentes e o possível acúmulo ilegal de cargos por docentes. Diante da preocupação com possíveis retaliações a estudantes manifestantes, o Reitor Nouga assegurou que sua administração não apóia tais atos e reiterou seu apoio às reivindicações dos discentes.



Audiência com governo no dia 19

No dia 19, deve acontecer audiência envolvendo o Ministério Público Estadual, Secretaria de Governo, Secretaria de Administração, representação da Adcesp e movimento estudantil. A data já estava agendada pela Adcesp junto à Sead (na verdade, uma reunião com o secretário João Henrique estava prevista em três datas anteriores e sempre remarcadas. Desta vez, a data marcada pela Secretaria de Administração é o dia 19). A reunião tem o objetivo de tratar sobre todos os pontos apresentados na audiência pública.

 Além de professores, servidores e estudantes da Uespi, e classificados no último concurso para professor efetivo, a atividade também contou com a presença de ativistas de diversos movimentos sociais, dentre eles da Central Sindical e Popular - CSP Conlutas, da Associação dos Docentes da Ufpi (Adufpi), Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Ufpi, Sindicato dos Servidores da Ufpi (Sintufpi - Parnaíba), Assembleia Nacional dos Estudantes Livres (Anel) e Movimento Nacional RUA - Juventude Anticapitalista.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

15 DE MAIO: MP convoca Audiência Pública sobre necessidade de contratação de professores e outros problemas da UESPI




O Ministério Público Estadual convocou o Governo do Estado, o Conselho Estadual de Educação, a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa e reitoria da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) para audiência pública a ser realizada no dia 15 de maio, sobre a falta de professores da UESPI e outros problemas da Instituição. A audiência, que acontecerá às 9h, no auditório central do campus Poeta Torquato Neto (bairro Pirajá) foi solicitada pela Associação dos Docentes da UESPI (Adcesp), movimento estudantil e coletivos que compõem a campanha SOS UESPI. A atividade é aberta para toda a sociedade.
Atualmente, 401 disciplinas ofertadas no período letivo (2014.1) estão ameaçadas de cancelamento por falta de professores na UESPI. Praticamente todos os cursos da UESPI, de norte a sul do Piauí, estão afetados.

Os professores da UESPI exigem que o governo do Estado nomeie os professores classificados no último concurso para cargo efetivo e abra novo concurso para efetivação das vagas que estão sendo ocupadas hoje ilegalmente através de contratos precários temporários.

Atualmente, existem mais de 500 professores temporários (“substitutos”) nos quadros da UESPI, o que afronta o Plano de Cargos e Salários (PCCS) dos docentes da Instituição. De acordo com a Lei que estabeleceu o PCCS, todos os professores da UESPI deveriam ser efetivos e só poderia existir a contratação de “substitutos” em caso de afastamento temporário de professor efetivo (para cursar mestrado ou doutorado, por licença-maternidade, por exemplo).

A atual situação de precarização das relações de trabalho, com aumento da carga de trabalho, traz sérias conseqüências para os docentes, inclusive adoecimento dos professores, e prejudica a qualidade do processo ensino-aprendizagem.

Clique AQUI e acesso o evento da audiência pública no Facebook.


Audiência contará com a presença do promotor Fernando Santos,
que acompanha processos relacionados à UESPI (Imagem: Internet)


Professores da UESPI farão paralisação dia 20

Os professores da Uespi, juntamente com os estudantes, vão realizar atos públicos e paralisações para pressionar o governo do Estado a resolver os principais problemas que afetam hoje a Instituição, como a falta de professores efetivos, a precarização do trabalho docente, falta de condições de trabalho e poucas verbas para manutenção da universidade e projetos de ensino-pesquisa-extensão, além de ameaça de congelamento salarial. Dentro do calendário de mobilizações, os dias 20 e 28 de maio serão dias de mobilização com paralisações e manifestações, envolvendo estudantes, professores e servidores da UESPI de Teresina e outros campi.

ANDES-SN realiza eleição para nova diretoria nesta terça e quarta



Mais de 62 mil professores em todo o país poderão participar na próxima semana da escolha da nova diretoria do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), que estará à frente do Sindicato Nacional durante o biênio 2014-2016. A votação ocorrerá, através de voto direto e secreto, entre os dias 13 e 14 de maio nas seções sindicais e secretarias regionais do Sindicato Nacional. 

Os filiados à Associação dos Docentes da UESPI (ADCESP) votarão no campus Poeta Torquato Neto (bairro Pirajá, em Teresina), nas proximidades da Biblioteca Central. Estão aptos a votar, os que se filiaram à Adcesp até fevereiro de 2014.

Uma única chapa se inscreveu para o processo eleitoral A chapa "ANDES-SN de luta e pela base" tem como candidatos a presidente, Paulo Rizzo, da Seção Sindical da UFSC, secretária-geral, Claudia March, da Aduff Seção Sindical, e tesoureiro, Amauri Fragoso, da Adufcg Seção Sindical.


Conheça os componentes da Chapa e respectivos cargos:


Direção Executiva Nacional

Presidente Paulo Marcos Borges Rizzo (Seção Sindical do ANDES-SN na
UFSC)
1ª Vice-Presidente Marinalva Silva Oliveira (SINDUFAP)
2º Vice-Presidente Epitácio Macário Moura (SINDUECE)
3ª Vice-Presidente Sônia Meire Santos Azevedo de Jesus (ADUFS)
Secretária Geral Cláudia March Frota de Souza (ADUFF)
1º Secretário Francisco Jacob Paiva da Silva (ADUA)
2º Secretário Fausto Camargo Junior (SINDCEFET-MG)
3º Secretário Alexandre Galvão Carvalho (ADUSB)
1º Tesoureiro Amauri Fragoso de Medeiros (ADUFCG)
2º Tesoureiro Daniel de Oliveira Franco (ADUFPI)
3º Tesoureiro Walcyr de Oliveira Barros (ADUFRJ)

Direção Regional Nordeste I (Ceará, Piauí e Maranhão)

1º Vice-Presidente Alexandre Araújo Costa (SINDUECE)
2ª Vice-Presidente Marta Maria Azevedo Queiroz (ADUFPI)
1ª Secretária Sirliane de Souza Paiva (APRUMA)
2ª Secretária Lila Cristina Xavier Luz (ADUFPI)
1ª Tesoureira Elda Maria Freire Maciel (SINDUECE)
2º Tesoureiro Ariel Clodoaldo Magalhães Costa (APRUMA)