quarta-feira, 1 de junho de 2016

Assembleia Geral com a comunidade acadêmica da UESPI que deliberaram a continuidade da greve

Hoje pela manhã (01), professores, técnicos e estudantes se reuniram em Assembleia Geral, no pátio do Palácio Pirajá, em frente à reitoria. Para fazerem avaliações do comando de greve, e decidir a continuidade ou não do movimento grevista que completa hoje 44 dias. A partir de isso, definir as próximas ações e mobilizações. A assembleia iniciou-se com a exposição dos informes dos diversos campi que estão construindo a luta pela instituição estadual, juntamente com os repasses das últimas atividades e assembleias internas. 

Baseado no que foi apresentado, apenas o campus da UESPI de Floriano, por unanimidade, retornaram as aulas. Os demais se posicionaram a favor da continuidade.
As negociações conquistadas em reunião com o governo do Estado, discutidas com o secretário de administração Francisco José da Silva, foram mencionadas como frutos das mobilizações de rua, ocupações no Palácio do Karnak e Assembleia Legislativa (ALEPI), como:

- Segurança, está garantida a construção de guaritas nos campi em reforma e a construção de um plano de segurança interna.

- As bolsas dos estudantes, cuja proposta é que o pagamento seja realizado até o décimo dia útil do mês subsequente e que o quantitativo total seja ampliado de 800 para 1000 bolsas. Também houve o compromisso de normalizar os pagamentos atrasados.

- Acerca da lei do plano de cargos, carreira e salário dos técnicos, o governo assumiu o compromisso de enviar a minuta em julho para ALEPI, com a tabela salarial proposta pela categoria, junto da previsão da execução em 2017.

- A reitoria se comprometeu a agendar uma reunião com a comissão responsável por obras do Estado para discussão das obras estruturais dos campi de Teresina; também houve compromisso de construir uma agenda com a ATI para discutir a questão da internet nos campi.

- A promessa de aplicação dos R$25 milhões para serem investidos em estrutura nos campi do interior.



A comunidade acadêmica avaliou que as conquistas somente destas pautas, apesar de serem importantes, não atinge o patamar esperado, que impulsionou o início da greve até a atual conjuntura. Paralelo a isso, também foi comentado as reivindicações que não foram contempladas, como:

- Pagamento das progressões, promoções e mudanças de regime, junto com o retroativo dos docentes.

- Chamamento dos professores classificados no último concurso.

- Abertura de um novo concurso pra professores efetivos

- Autonomia financeira da universidade e gestão de orçamento.


Diante disso, professores e estudantes decidiram, em regime de votação. pela continuidade da greve, como principal estratégia para novas negociações e conquistas das reivindicações. Os técnicos administrativos do campus Poeta Torquato Neto decidiram também em votação com os membros presentes. A minuta com a tabela que consta todos os benefícios, construída coletivamente com os técnicos administrativos, será enviada para ALEPI em Julho. A Assembleia Geral também contou com a presença do representante Renato Catunga da comissão de educação da OAB, colocou-se a disposição da comunidade acadêmica caso o governo decrete a ilegalidade da greve. Portanto, a UESPI continua em greve, em diversos campi da universidade.


2 comentários:

  1. Em uma assembléia do sindicato docente o discente também teve direito a voto sobre as deliberações docentes é isso mesmo? ?? Dos 62 votos favoráveis à continuidade da greve quantos foram votos discentes?

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  2. Em uma assembléia do sindicato docente o discente também teve direito a voto sobre as deliberações docentes é isso mesmo? ?? Dos 62 votos favoráveis à continuidade da greve quantos foram votos discentes?

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