segunda-feira, 2 de junho de 2014

Governo corta direitos de professores na UESPI e docentes fazem assembleia geral para aprovar lutas



Os professores da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) participam de assembleia geral nesta quarta-feira (04/06), às 9h30, no auditório central da Instituição (campus Poeta Torquato Neto – bairro Pirajá) para discutir sobre o que fazer a respeito do corte de 50% no adicional de insalubridade (para docentes que atuam em laboratórios, por exemplo) e o congelamento de promoções e progressões funcionais efetuada pelo governador Zé Filho (PMDB). A categoria também se mobiliza e cobra negociação com o governo para discutir sobre nomeações de professores classificados no último concurso, novo concurso para as vagas efetivas restantes, mais verbas e autonomia para a Universidade, dentro das pautas da campanha SOS UESPI.

Na semana passada, o reitor Nouga Cardoso afirmou que os telefones da administração superior foram cortados por falta de pagamento, tudo isso por diminuição de repasses da Secretaria de Fazenda para a UESPI. “Queremos discutir, coletivamente, com a categoria, o que vamos fazer para forçar o governo a reverter esta situação que se agrava a cada dia na Uespi. A realidade é de carência de professores para ministrar várias disciplinas, prejudicando a qualidade na formação de centenas de estudantes”, afirma Josinaldo Santos, que assume interinamente a presidência da Associação dos Docentes da UESPI (Adcesp), enquanto perdurar o afastamento do professor Daniel Solon, em obediência às normas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Congelar as promoções e progressões é atacar diretamente a pouca autonomia que a Universidade tem. É desvalorizar a produção e o dia-a-dia acadêmico de cada professor que se esforçou para mudar de titulação, concluindo mestrado ou doutorado, publicou artigos, fez atividades de extensão, além de ter exercido o trabalho cotidiano de sala de aula”, completa Josinaldo, que assumirá oficialmente a presidência interina na Adcesp na assembléia geral de quarta-feira.

O governo também não implementou em folha de pagamento as mudanças de regime de trabalho autorizadas pelo Conselho Universitário (Consun). Na prática, os professores que mudaram de jornada de trabalho de 20h semanais para Dedicação Exclusiva (DE), por exemplo, não tiveram a devida alteração salarial a mais, como garante a Lei. De acordo com Josinaldo Santos, o corte de 50% no adicional de insalubridade – além de ilegal – representa um desequilíbrio financeiro para os servidores públicos estaduais que contam este recurso mensalmente, no orçamento familiar.



NA COPA VAI TER LUTA – A Adcesp participa do Espaço de Unidade e Ação intitulado “Na Copa Vai Ter Luta”, que aprovou a realização de um ato público no dia 12 de junho, pela manhã, no centro de Teresina, para denunciar as injustiças com os gastos dos governos com a Copa de futebol, e para cobrar investimentos na Educação Pública e demais serviços públicos como Saúde, Transporte, Moradia, Reforma Agrária, dentre outros. A ADCESP levará para o ato as reivindicações da campanha SOS UESPI. O espaço “Na Copa Vai Ter Luta” também é composto por entidades como a Central Sindical e Popular – CSP Conlutas, Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (Sindserm), Sindicato dos Docentes do IFPI (Sindifpi). 

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Diretoria da ADCESP
(86) 8876-0200

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