segunda-feira, 13 de março de 2017

Título: MEMÓRIA DA VIVÊNCIA DOCENTE SUPERIOR NO ESTADO DO PIAUÍ

Defesa de tese da Professora Rosângela Assunção, apresentada à banca examinadora do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fluminense. A defesa aconteceu hoje no campus Gragoatá, Niterói!

Título: MEMÓRIA DA VIVÊNCIA DOCENTE SUPERIOR NO ESTADO DO PIAUÍ

A professora Rosângela pesquisou brilhantemente a atuação do sindicalismo docente no Piauí, a relação da ADCESP com a Reitoria da UESPI, foi o objeto de estudo. 
Na tese, a professora faz um resgate histórico das lutas da ADCESP em busca de melhores condições de trabalho e estudo na instituição (greves, mobilizações, conquistas, dentre outros temas).

RESUMO DA TESE

O presente estudo trata do sindicalismo docente superior no Piauí no período de 2003 a 2012 e tem como objetivo analisar a relação entre a Associação dos Docentes do Centro de Ensino Superior do Piauí- ADCESP, o estado e a reitoria da Universidade Estadual do Piauí-UESPI durante as greves. A teoria gramsciana é o elemento estruturador da análise que fazemos das fontes no sentido de explicar a relação que se estabeleceu entre os sujeitos durante as greves. Parte-se da hipótese de que foi a partir da luta dos docentes, organizados através da estratégia da greve, que o estado foi pressionado a fazer melhorias estruturais e qualitativas na UESPI, tais como: ampliação do orçamento da IES; reformas dos campi; construções de novas estruturas físicas; implantação da política estudantil; eleições diretas para reitor, diretor e coordenador de cursos e concursos públicos para docentes. A metodologia da História Oral foi utilizada na coleta e transcrição dos depoimentos dos sujeitos investigados. Além disso, houve a produção de fontes com os depoimentos colhidos junto aos reitores da UESPI e presidentes da ADCESP e aplicação de questionários com os docentes com o objetivo de analisar a visão deles a respeito da ADCESP na condução das greves. A pesquisa apontou para uma relação de difícil negociação entre sindicato e estado porque o segundo seguia o receituário neoliberal de privatização da educação pública e o sindicato tentava reagir a essa política, mas tinha dificuldades de mobilizar a categoria por questões políticas mais amplas: os docentes da UESPI só se mobilizam por melhoria salarial e estrutural da universidade, mostrando a limitação da consciência política dos docentes, resultando em pouca adesão às greves quando as pautas de luta eram ampliadas com questões políticas.



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