quinta-feira, 9 de abril de 2015

Docentes da UESPI aprovam moção de repúdio aos deputados que votaram pela aprovação do PL das terceirizações

Assembleia geral da ADCESP / crédito da foto: profª Iraneide Silva

É hora de construir uma forte mobilização em defesa de nossos direitos! 

Em assembleia geral nesta quinta-feira (09) convocada pela ADCESP - Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Piauí, os professores da Uespi repudiaram a aprovação do Projeto de Lei 4330/04 na Câmara dos Deputados. A categoria docente denuncia que os deputados federais piauienses Marcelo Castro (PMDB), Iracema Portella (PP), Heráclito Fortes (PSB), Rodrigo Martins (PSB), Júlio César (PSD) e Paes Landim (PTB) atuaram contra a classe trabalhadora, e em benefícios das grandes empresas, ao votarem ontem (8) a favor do PL 4330, que objetiva ampliar as terceirizações, aumentar a precarização das relações de trabalho, representa ataque ao acesso ao serviço público por meio de concurso, e serve para privatizar os serviços públicos em geral.

“Após importante debate sobre as graves consequências da aprovação do PL 4330 para o conjunto da classe trabalhadora e para os serviços públicos, os docentes da Uespi aprovaram que vão se somar às mobilizações convocadas pelas centrais sindicais para que o projeto – que ainda será submetido a votação no Senado – seja arquivado. Ao mesmo tempo, procuraremos os senadores piauienses exigindo que estes se posicionem contrários à aprovação do projeto que agora vai ao Senado”, afirma o presidente da ADCESP, professor Daniel Solon. A assembleia geral desta quinta foi realizada dentro do contexto da Jornada Nacional de Lutas por direitos.

A Central Sindical e Popular (CSP Conlutas, a qual o Sindicato Nacional do Docentes de Ensino Superior -ANDES SN e ADCESP são filiadas) está chamando as demais centrais a construir uma greve geral para barrar a aprovação da PL 4330 e também para lutar contra as demais medidas que atacam direitos da classe trabalhadora, como as Medidas Provisórias 664 e 665 assinadas por Dilma (PT), que ataca direitos como o seguro-desemprego, licença para tratamento de saúde, acesso ao PIS, pensão por morte. “É preciso construir uma greve geral para barrar o PL 4330 e outras medidas do chamado 'ajuste fiscal' que os governos federal, estaduais e municipais estão implementando contra a classe trabalhadora”, completa Daniel Solon.

Na assembleia geral, a categoria docente decidiu pelo início de uma campanha de mobilização por campus, em defesa de direitos como o reajuste salarial (até o governo Wellington Dias – PT não deu nenhuma garantia de cumprimento de lei de 2013 que assegura reajuste para os docentes da Uespi em maio), e também em defesa do direito a efetivação de mudança de nível e classe, e alterações no Plano de Cargos e Carreira docente (que tem a ver também com o fim do questionamento do TCE ao concurso para docentes efetivos de 2011, e mudanças de classe e nível, em alguns casos), assim como por mais verbas e autonomia financeira da Uespi. Caso o governo estadual não avance nas negociações, os docentes podem aprovar a deflagração de greve. A Adcesp enviou ofícios reivindicando negociações, mas até agora não houve qualquer resposta do governo.

Congresso da CSP Conlutas – Outro ponto debatido na assembleia foi a importância da participação no 2° Congresso da CSP Conlutas, a ser realizado de 4 a 7 de junho em Sumaré-SP. “Quero acompanhar de perto e participar deste Congresso, e contribuir com a construção em nível nacional da resistência da classe trabalhadora contra os ataques que estamos sofrendo, a exemplo do que é o PL 4330”, afirmou o professor Radamés Rogério, um dos docentes que foram eleitos como delegados ao evento. O outro delegado eleito da Adcesp é o professor Daniel Solon.

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