terça-feira, 17 de setembro de 2013

Muro da UESPI de Teresina amanhece gritando reivindicações

"Por uma universidade que caiba nos nossos sonhos". Essa foi uma das frases pichadas na noite desta segunda feira, nos muros da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), campus Torquato Neto. Durante a madrugada, ativistas anônimos que conhecem muito bem a realidade da instituição utilizaram-se da arte urbana para pedir socorro à universidade. As fotos começaram a circular nas redes sociais na manhã desta terça feira.



Em cada 'UESPI' do desenho original do muro, acrescentou-se uma hashtag (#) e um "SOS", transformando-o no símbolo que estudantes e professores carregaram como nome da famosa Campanha #SOSUESPI, desde 2010.



As pichações também lembravam as palavras de ordem ditas nas ruas em 2011, em momentos de estopim da Campanha, como " Ô Ô Reitor, Deixa de Lero, Essa não é a UESPI que eu quero". Além disso, os pichadores pediram Assistência e Democracia, e fizeram um chamado com a frase "A nossa saída é a luta todo dia".



Intervenções como essas vem nos mostrar que o #SOSUESPI ainda está vivo na mente de muitas pessoas que ainda sofrem cotidianamente com o descaso do Governo do Estado com nossa Instituição e acreditam na transformação de nossa Universidade. Mostram também que reivindicações latentes, como falta de residência universitária (que afeta tantos estudantes vindos do interior e de outros estados - principalmente agora com a adesão ao ENEM) e conclusão do restaurante universitário (que impede o estudante de viver a universidade de fato) são reais e necessárias.


Os ativistas também usaram o muro da Faculdade privada CET (Centro de Ensino e Tecnologia), localizada ao lado da UESPI, para dizer que "Educação não é mercadoria". A faculdade está em construção há quatro anos, com financiamento de banco público.


Para muitos, a ação pode ser considerada vandalismo. Mas para o estudante do 6º período de Jornalismo de Picos, Clebson Lustosa, ao ver as fotos, a reação foi outra. “ O que dizer das ações de vandalismo cometidas pelo Governo do Estado e Reitoria quando deixaram o telhado da Biblioteca Central do campus Torquato Neto cair devido a falta de fiscalização das obras? O que dizer de um Governo do Estado e Reitoria que permitiram que estudantes da UESPI de Picos estudassem em escolas privadas devido a falta de uma estrutura física mínima para assistir aula, e , para além disso, permitiram que empresas também privadas financiassem o término das obras do prédio antigo, e ainda não satisfeitos, deixaram que eles expusessem suas marcas dentro da instituição pública? Vandalismo não seria deixar um curso que está prestes a completar onze anos com apenas 5 prateleiras de livros? ”, disse o estudante. Em Picos, também há pichações por melhorias na Uespi. 



O #SOUESPI está vivo, e clama por autonomia financeira para a Estadual do Piauí, porta de entrada para resolução de muitos dos nossos problemas.

* Clique nas imagens para ampliá-las.

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