sábado, 16 de março de 2013

Mesmo sem ordem judicial, PMs e fiscais da Prefeitura de Teresina desmontam tenda e recolhem material de acampamento de grevistas




Neste sábado  (16), a prefeitura  de Teresina, com apoio de forte aparato da Polícia Militar, recolheu a tenda, mesas, cadeiras, banheiros químicos, faixas e cartazes do acampamento instalado por ativistas em frente à sede da administração municipal. A ação policial foi executada com o apoio de fiscais da prefeitura, na tentativa de enfraquecer a greve dos servidores municipais que completou hoje 26 dias.

A ação violenta aconteceu por volta das 16h20, quando cerca de 30 policiais saíram de repente de um portão lateral da Prefeitura, juntamente com fiscais, e sem mostrarem qualquer ordem judicial, partiram para o acampamento e arrancaram tudo que viam pelo caminho.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (Sindserm), Sinésio Soares, a ação foi ilegal, covarde e truculenta. “Não mostraram um único documento que sustentasse essa ação ilegal. Pior, fizeram isso da forma mais truculenta possível, arrastaram uma colega de movimento”, relata Sinésio.

Apesar da ação da polícia e do prefeito Firmino Filho (PSDB), o movimento grevista continua forte, atingindo a Educação, Saúde, dentre outros setores. A diretoria do Sindserm já está providenciando os materiais necessários para montagem do acampamento e ao mesmo tempo convoca ativistas de todos os movimentos sociais a prestar solidariedade à greve dos servidores municipais, reforçando o movimento.

Sinésio Soares afirma que os grevistas não sairão da frente do Palácio da Cidade enquanto o prefeito Firmino Filho não recebê-los para uma nova rodada de negociação. “Essa ação da PM lembra os anos de chumbo, mas o movimento vai continuar e com mais força. O prefeito terá que negociar”, finaliza.

De acordo com Gisvaldo Oliveira, da Coordenação da Central Sindical e Popular - CSP Conlutas - "o prefeito Firmino Filho mostra o quanto é truculento. A resposta dos servidores municipais e dos ativistas dos movimentos sociais é fortalecer a greve e forçar o prefeito a negociar".

Os ativistas vão denunciar os abusos policiais durante a ação na Central de Flagrantes, onde registrarão boletim de ocorrência, exigindo ainda a devolução de todo o material que foi recolhido.

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