A Assembleia docente da UESPI
aprovou neste dia 02 de junho o Estado de Greve, sinalizando ao governo do Estado
a necessidade de discutir a pauta de reivindicações na universidade.
O Estado de Greve é um momento de
preparação para a deflagração da greve a qualquer momento, caso o governo
mantenha a postura de desrespeito em relação às demandas da universidade. O Secretário de Administração, representante
do governo na audiência pública na Assembleia Legislativa no dia 1° de junho, não apresentou nenhuma
proposta para a solução dos problemas financeiros da universidade, e nem mesmo sobre o cumprimento da Lei que garante parcela de reajuste integral para o mês de maio.
A Assembleia aprovou a
constituição de um comando de mobilização, inclusive em unidades do interior.
Aderindo ao calendário de
Parnaíba, a assembléia aprovou o dia 11 de junho como dia de paralisação e de
atividades para mobilização de greve. Neste dia, haverá debate no campus Torquato Neto sobre "Dívida Pública e orçamento da UESPI", como uma das atividades da paralisação.
Como maior patrimônio do Estado
do Piauí e elemento essencial de qualquer política de desenvolvimento que
permita aos trabalhadores a melhoria de suas condições de vida, a UESPI não
aceita pagar pelo "ajuste fiscal" enquanto o governo continua gastando com áreas não
prioritárias, ampliando o número de suplentes na ALEPI, de cargos
comissionados e mordomias.
MOBILIZAÇÃO - Foi avaliado como bastante positivo o processo de mobilização no campus de Picos e o início da organização do movimento em Parnaíba. A comissão de mobilização vai se reunir nos próximos dias para chamar reunião com centros acadêmicos na próxima semana, e para definir cronograma de visita aos campi.
Nossas pautas de
reivindicação, dentre outras, são:
- Cumprimento imediato da Lei de reajuste aprovada em 2013 (sem o "reparcelamento" imposto pelo governo)
- Assistência estudantil: regularização do pagamento das bolsas e auxílios estudantis; construção
de restaurante universitário em todas as unidades
- Concurso para técnico-administrativo e professor efetivos
- Cumprimento da lei 124/2009 (efetivação de todo o quadro docente; isonomia salarial para professores temporários, dependendo da titulação e jornada de trabalho)
- Garantia de repasse do valor integral do orçamento 2015
- Garantia da implementação das progressões e promoções
- Desvinculação da conta da UESPI da conta única
- Discussão democrática do PPA/LDO
Junto à reitoria, vamos exigir:
- Revisão da resolução sobre "Encargos Docentes" que precariza ainda mais o trabalho docente
- Democratização dos espaços de deliberação acadêmicos