A assembleia geral docente realizada na manhã desta sexta-feira reafirmou a disposição da categoria em deflagar greve por tempo indeterminado a partir do dia 15 de maio se até lá não houver avanço nas negociações com o governo. A paralisação desta sexta-feira está sendo bastante positiva, com forte adesão em vários campi.
A primeira negociação com o governo, realizada semana passada, mostrou que é preciso fortalecermos nossa mobilização em torno da campanha salarial. Na reunião, representantes do comando de negociação apresentaram a reivindicação dos docentes (piso salarial de um salário mínimo do DIEESE, para professor especialista 20h) e o governo não deu qualquer resposta ou contraproposta. Na verdade, o Secretário de Administração limitou-se a repetir a velha ladainha de que o Estado vive no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal e que até o momento não há proposta para os professores da UESPI.
Para a ADCESP, o governo tem dinheiro, sim. Basta ver o quanto tem criado cargos em comissão (ocupados sem concurso público, para atender pedidos de aliados políticos), o aumento da verba de gabinete para os deputados estaduais (de R$ 50 mil para R$ 80 mil, por parlamentar) e o quanto é gasto mensalmente para pagar juros da dívida pública.
A comissão de negociação dos docentes mostrou que, segundo a Lei Complementar 173/2011, temos o pior salário inicial entre as categorias com planos de cargos específicos: R$ 1.071. E que estamos recebendo menos que o Piso do Magistério (os míseros R$ 1.451,00 estabelecidos pelo MEC). Apresentamos inclusive um estudo de impacto financeiro na folha de pagamento sobre nossa proposta salarial, que havia sido solicitado pela ADCESP à reitoria. Diante da desconfiança do secretário de Administração em reconhecer os cálculos de impacto feitos pela própria UESPI, fizemos o desafio para que a próxima negociação contasse com a presença do reitor, para que qualquer dúvida fosse dirimida.
A próxima reunião de negociação com a Secretaria de Administração está marcada para o dia 8 de maio. Esperamos uma resposta urgente e positiva do governo em torno de nossas reivindicações. Caso contrário, teremos que deflagrar greve por tempo indeterminado no dia 15 de maio. Até lá, vamos fazer mobilizações e paralisações relâmpagos, por campus, e reuniões com professores para fortalecer nossa mobilização.
Na próxima quarta-feira, haverá reunião do comando de mobilização, cuja composição ainda está aberta para participação de professores que queiram colaborar. Também faremos caravanas, por regiões. A região norte será visitada na próxima semana, realizando conversas com a categoria docente, estudantes e servidores sobre nossa campanha salarial e sobre a campanha SOS UESPI.
A assembleia geral de hoje contou com a presença do presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (Sindserm), Sinésio Soares (Délio), que relatou sobre a vitoriosa greve dos professores do município. A categoria, depois de uma greve de 87 dias, arrancou reajuste linear de 24,26% e outras conquistas. O movimento foi forte o bastante para fazer com que o prefeito Elmano Férrer recuasse da decisão de apenas recompor perdas salariais, com índice de reajuste de apenas 6%. Durante quase três meses, o prefeito dizia também que não havia dinheiro e que estava no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal e que não poderia cumprir linearmente o que diz a Lei do Piso.
Reunião com classificados do concurso para professor efetivo
Na tarde desta sexta, às 16h, no Anfiteatro do CCN (campus Poeta Torquato Neto), acontece reunião da diretoria da ADCESP com classificados do concurso para professor efetivo. A reunião formalizará um plano de trabalho e mobilizações, a partir de uma equipe composta por representantes da ADCESP e classificados, no sentido de fortalecer ações para que sejam realizadas novas nomeações urgentemente, onde houver necessidade de professor efetivo.
Todos à luta em defesa da UESPI, por melhores salários e melhores condições de trabalho!
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