terça-feira, 31 de maio de 2016

Nota em repúdio a matéria intitulada "Bolsa Doutor" escrita pelo jornalista Arimatéia Azevedo, por Hermes Castelo Branco

Professor Hermes Castelo Branco
Engenharia Elétrica CTU/Torquato Neto


Prezado jornalista Arimatéia Azevedo, é com muita tristeza que os professores da UESPI recebem a nota "Bolsa Doutor" publicada em sua coluna do dia 29/05/2016.

Que o estimado jornalista desconheça o plano de cargos, carreiras e salário dos docente das universidades, e mais especificamente da Universidade Estadual do Piauí, nós até entendemos a lamentável falta de conhecimento e aprofundamento no assunto. Contudo, não podemos aceitar que publique notas sem o devido conhecimento e apropriação do assunto, que atinjam a luta dos docentes da instituição e que traga informações, no mínimo mentirosas, à população em geral, principalmente em um momento em que a categoria luta pela manutenção de direitos adquiridos e reposição de perdas salariais que já duram três anos.

Diferentemente de outros profissionais que por ventura recebam "mimos" do governo (talvez o senhor conheça alguns no seu meio) a carreira Docente da UESPI não recebe estes tais "mimos", muito menos as referidas "bolsas doutor", ou ainda gratificações, sejam estas por titulação ou por dedicação exclusiva, o que levou a categoria a uma greve que dura mais de quarenta dias.

A carreira docente na UESPI não prevê tais benefícios. Nossa carreira admite duas cargas horárias de trabalho, 20 ou 40 horas, que obviamente possuem remuneração distintas. Os professores 40 horas, podem optar pelo regime de trabalho de dedicação exclusiva, no qual dedicam sua jornada de trabalho exclusivamente ao ensino, pesquisa e extensão. Estes também recebem salário maior que os professores 40 horas uma vez que possuem carga horária em sala maior e outras atribuições a mais, além de possuir dedicação exclusiva às atividades docentes.

A carreira possui ainda, classes atreladas à titulação dos docentes, sendo as classes de professor Auxiliar, Associado, Adjunto e Titular destinadas àqueles professores que possuem título de doutor. Novamente não há bolsa ou gratificação atreladas à titulação dos docentes, apenas salário, pago de acordo com o plano de cargos, carreira e salários dos docentes da UESPI.

Por falar no plano de cargos, carreira (PCCS) e salários, este sim vem sofrendo sérios ataques por parte do governo do estado, ataques estes que, dentre outras coisas, motivaram a greve da categoria. Vários docentes defenderam doutorado/mestrado ainda em junho de 2015, solicitaram mudança para classe/nível, tiveram suas mudanças autorizadas conforme regimento da instituição e conforme a lei do PCCS da UESPI, tendo suas portarias publicadas a quase um ano no diário oficial do Estado. Contudo, o governo, até o momento não implantou tais mudanças nos contracheques e somente quer reconhecer está mudança a partir de junho de 2016. Isso é justo? Trabalhadores com direitos adquiridos há quase um ano tendo seus direitos surrupiados pelo governo? Tais atitudes são ilegais e imorais, ferem a Constituição do estado que garante autonomia administrativa à UESPI e ferem leis estaduais como a lei do PCCS da UESPI. Essas agressões não são denunciadas por quê?

Acreditamos que a grande imprensa prefere fazer ataques gratuitos à categoria docente da UESPI em vez de denunciar os abusos do governo estadual. Será por receber alguns "mimos" mensais de tamanho maior que R$ 5.000,00 (bem maior pelo que se tem notícia).

Assim, exigimos que se retrate perante a nossa instituição e perante a classe docente, não só a uespiana, pois salário e reconhecimento por trabalho, títulos e produção acadêmica não é mimo.

Exigimos também que divulgue este texto na íntegra em resposta à nota constrangedora publicada em sua coluna, e que procure se informar mais antes de escrever asneiras que mancham a imagem de profissionais dedicados e trazem desinformação à população.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Em defesa da Uespi


Professores, técnicos e estudantes, todos e todas juntxs 
amanhã (25), em defesa da Uespi! ‪#‎SOSuespi‬ 
Ato público, às 16h.
Local: Faculdade de Ciências da Saúde (CCS)
Venha se juntar a essa luta!


Secretário de Administração se reúne com diretoria da ADCESP e SINTUESPI e apresenta propostas para o Comando de GREVE

Como resultado das negociações realizadas ontem (23 de maio) e hoje (24 de maio) com a reitoria e com o Secretário de Administração Francisco José Alves da Silva. Para discussão da contraproposta aprovada pela assembleia conjunta do dia 18 de maio, apresentamos as propostas e compromissos relacionados aos seguintes pontos:

- Sobre a revogação da lei 6772/16,  a UESPI está fora dos seus efeitos.

- A respeito do pagamento das progressões e promoções dos técnicos, a proposta é implementar integralmente em junho, sem retroativo. Sobre o pagamento das progressões, promoções e mudança de nível dos docentes, a proposta é pagar 50% da implementação em junho e 50% em outubro, incluindo-se neste mês a diferença entre junho e outubro no mesmo contracheque. Sobre o retroativo anterior a junho não houve acordo. Também houve compromisso de manter-se a regularidade nas implementações futuras. 

- Acerca da lei do plano de cargos, carreira e salário dos técnicos, o governo assumiu o compromisso de enviar a minuta em julho para ALEPI, com a tabela salarial proposta pela categoria, junto da previsão da execução em 2017.  Os técnicos devem responder até amanhã sobre a implementação temporária da tabela proposta pelo governo que os equipara à SEDUC.

- Em relação ao concurso para professor e técnico, a proposta é que finalizada a elaboração do PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional) seja lançado o edital ainda este ano. A discussão do número de vagas será realizada de acordo com o que apontar o PDI. A comissão de elaboração do edital dos concursos pode ser montada e começar a construção imediatamente.

-  Sobre as bolsas dos estudantes, a proposta é que o pagamento seja realizado até o décimo dia útil do mês subsequente e que o quantitativo total seja ampliado de 800 para 1000 bolsas. Também houve o compromisso de normalizar os pagamentos atrasados. 
  
-  O reitor comprometeu-se a, até sexta-feira, apresentar à ADCESP um quadro parcial dos termos de referência das obras dos diversos campi; e sugeriu montar uma comissão com a participação dos sindicatos e estudantes para acompanhar a aplicação dos R$25 milhões nos campi do interior.

- A reitoria se comprometeu a agendar uma reunião com a comissão responsável por obras do Estado para discussão das obras estruturais dos campi de Teresina; também houve compromisso de construir uma agenda com a ATI para discutir a questão da internet nos campi.

- O plano de aplicação dos R$ 5 milhões que também vai contemplar a demanda reprimida, para compra de equipamentos será apresentado parcialmente até o final da semana, devendo ser entregues os primeiros equipamentos em 30 dias. 

- Sobre a segurança, está garantida a construção de guaritas nos campi em reforma e a construção de um plano de segurança interna.
 - Para os estudantes do CCA, informou-se que o governo está cedendo parte do terreno do Centro de Treinamento da Emater para construção da estrutura para os cursos de zootecnia e agronomia através de emendas do Deputado Assis Carvalho e recursos do tesouro do Estado. Enquanto isso, a reitoria se comprometeu em ver a possibilidade de funcionamento dos dois cursos no Instituto de Educação Antonino Freire, se for de interesse dos cursos.

- Sobre assistência estudantil para moradia, a reitoria se posicionou favorável à continuidade do auxílio moradia e não à construção de residências universitárias. O mesmo se aplica à alimentação, cuja proposta é ampliar-se o auxílio alimentação, sendo viável a construção de estrutura para servir, mas não de prédio específico para fornecimento próprio. Recebendo-se as outras duas parcelas do PNAEST referentes a 2014 e 2015 há compromisso de ampliar os auxílios moradia e alimentação. 

- Há possibilidade de retorno das monitorias remuneradas a depender da existência de repasse do governo estadual avaliado o limite prudencial do quadrimestre atual.

- Sobre a biblioteca do Torquato Neto, haverá renovação da biblioteca virtual e construção de um novo prédio com compromisso de constituir um acervo misto (em papel e virtual).

 - Em relação à editora da UESPI, já estão sendo tomadas providências quanto à constituição do corpo editorial, uma vez que o parque gráfico está em funcionamento.

- Os pontos de negociação salarial e autonomia universitária não chegaram a um acordo.

          Tendo em vista esses pontos de negociação, solicitamos que esta semana as unidades avaliem conjuntamente as propostas para que o resultado da discussão seja apreciado na assembleia conjunta de segunda-feira, dia 30 de maio. Gostaríamos de informar que a antecipação da assembleia do dia 1º para o dia 30 se deve à necessidade de responder ao governo sobre a negociação realizada.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Sem avanços, reunião com o governo do Estado foi remarcada para esta terça (24)

Pela segunda vez, o governo marcou uma reunião para apresentar a mesma proposta feita pelo governador Wellington Dias no dia 12 de maio, quando as categorias ocuparam o palácio de Karnak.

O secretário de administração Franzé Silva, professores, estudantes, técnicos e membros da administração superior da Uespi, iniciaram os debates da contra proposta apresentada ao governo na última quarta - feira (18), depois da ocupação do plenarinho da Alepi. Após ser pressionado, o secretário deixou o local da reunião. As negociações não avançaram e a greve continua.




“A negociação não avançou, o secretário não trouxe nenhuma proposta, nos convidou para sentarmos e conversarmos, mas a proposta que ele apresentou foi a anterior, que nós não enxergamos com bons olhos. O secretario de administração saiu daqui com uma proposta nossa, com detalhes sobre progressões, promoções e mudanças de nível. Eu acredito que apesar de tudo ele vai levar para o governador, deve usar do bom senso”, explicou a presidente da Adcesp Lina Santana.

Para a professora Janete Brito, diretora da Adcesp, a espera é que o secretário analise a pauta e apresente ao governador.

“Esperamos que o secretário considere o que apresentamos, faltaram alguns pontos da nossa pauta de greve que seriam discutidos, todos nós queremos resolver essa situação o mais breve possível”, disse a professora.




A reunião também contou com representação estudantil e dos técnicos, a presidente o Sintuespi, Leda Simone, espera que a situação seja resolvida em breve.  

“Observamos que o governo esta demorando a ver nossa situação, precisamos insistir muito, estamos desde o ano passado esperando por nossas progressões e promoções.”




Instantes após o final da reunião, o secretário Franzé Silva, marcou um novo encontro para amanhã (24), na Secretaria de Administração – Sead, às 8h da manhã.

Na quarta-feira as categorias vão realizar um ato na Avenida Frei Serafim, às 18h, para expor as pautas de greve e pedir apoio da população.  #SOSuespi

domingo, 22 de maio de 2016


UESPI CAMPO MAIOR | O movimento de greve realiza nesta segunda-feira (23) reunião às 15 hrs no auditório do campus.

Vale lembrar que o movimento no campus está recebendo doações de roupas, sandálias e acessórios para realização de um bazar. O objetivo da atividade é arrecadar dinheiro para custear as atividades da greve.

#LutoPelaUespi

(Com informações de Flávia Vieira)


A LUTA CONTINUA - Nesta segunda-feira (23), o movimento grevista em Teresina realizará reunião conjunta com estudantes às 9h, concentração na Adcesp. Às 11h haverá reunião com a administração superior da Uespi, no Palácio Pirajá. No turno da tarde, a Adcesp e membros do comando de greve se reunirão na CSP- Conlutas.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Nota de apoio aos servidores municipais de Teresina e aos servidores da ADAPI, em greve

Os servidores municipais de Teresina estão em greve há mais de 50 dias, contra a intransigência do prefeito Firmino Filho/PSDB que fez aprovar reajuste salarial parcelado para o funcionalismo, com índice bem abaixo da reivindicação da categoria, e ainda de forma parcelada. O funcionalismo municipal sofre com arrocho salarial e também com o assédio moral, e o Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (Sindserm) segue exigindo negociação com a prefeitura.
Em nosso Estado também estão em luta, neste momento, os servidores da Agência de Defesa Agropecuária no Piauí (Adapi). Eles deflagraram greve no último dia 18 de maio contra a Lei Estadual 6.7772/16 que ataca o quadro funcional da Agência e também de outros órgãos estaduais e afeta ainda o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV). A categoria reivindica reajuste salarial e também vem fazendo o questionamento do Projeto de Lei PLP 257/16, de autoria do então Governo Dilma/PT (e em tramitação no Congresso Nacional com o apoio do “governo interino” de Temer/PMDB), que prevê diversos ataques ao conjunto do funcionalismo público – seja ele federal, estadual ou municipal -, dentre eles congelamento salarial, impedimento de progressões e promoções, proibição de concursos públicos e até demissões (PDV), e outra reforma da Previdência para dificultar o acesso do povo à aposentadoria.

Entendemos que a luta hoje existente na Uespi, numa greve que já dura 32 dias, tem o mesmo sentido das mobilizações travadas pelos trabalhadores do município de Teresina, da ADAPI, e de outras categorias no Brasil. Diante de um contexto de crise econômica, os governos e grandes empresários sempre jogam a conta nas costas dos trabalhadores. Isso está acontecendo não apenas em nosso país, como também em outros países como a Argentina, Grécia, França... onde a juventude e a classe trabalhadora se levantam contra os planos de “ajuste fiscal” que atacam direitos, e impõem arrocho salarial.
Portanto, nos solidarizamos às greves em curso e ao mesmo tempo apostamos que o caminho para defendermos nossos direitos e derrotar estes ataques dos governos estaduais, municipais e federais é a construção de uma luta nacional e unitária dos trabalhadores. Viva a luta da classe trabalhadora!


Teresina, 20 de maio de 2016.



Comando de Greve Unificado da Universidade Estadual do Piauí - Uespi

Também assinam esta nota: Csp Conlutas; Movimento Nacional de Oposição Bancária - MNOB/PI; Assembleia Nacional de Estudantes Livre - Anel

quinta-feira, 19 de maio de 2016

LUTAS E CONQUISTAS DO MOVIMENTO GREVISTA DA UESPI




Com um mês de mobilizações de estudantes, professores e técnicos das diversas unidades da UESPI por meio de ocupações do Palácio do Karnak, na Assembleia Legislativa e manifestações nas ruas e praças públicas em todo o Estado, avaliamos que nosso movimento é vitorioso, não obstante, ainda não alcançou o patamar das conquistas reivindicadas, necessárias à garantia de funcionamento e fortalecimento da Universidade.
Destacamos que as mobilizações levaram o governo a iniciar o processo de negociação com as Categorias, assegurando até o momento o atendimento às seguintes reivindicações:
  • Retirar a UESPI dos efeitos da Lei 6.772\2016;
  • Atualização do pagamento das bolsas de Estudantes, com fixação de data mensal dos pagamentos subsequentes;
  • Implantação das progressões e promoções dos técnicos administrativos em junho de 2016;
  • Destinação de 25 milhões para investimentos em equipamentos e infraestrutura básica na UESPI;

A nossa Contraproposta, aprovada em Assembleia e apresentada ao governo,para nova rodada de negociações aponta na seguinte direção:
·         
  • Pagamento das progressões, promoções e mudança de regime, em parcela única, admitindo a possiblidade do parcelamento dos valores retroativos;
  • Envio à Assembleia Legislativa, em caráter de urgência, do Projeto de Lei de alteração do Plano de Cargos, Carreira e Salário – PCCS dos técnicos administrativos, com tabela salarial equiparada à realidade de outras IES públicas da região nordeste;
  • Lançamento de Edital de concurso público, no primeiro semestre de 2016, para professores e técnicos do quadro efetivo, assegurando a contração em 2017, sob pena de extinção de cursos, fechamento de campi e inviabilização da Universidade; 
  • Detalhamento da aplicação dos 25 milhões segundo Plano elaborado, no prazo máximo de uma semana, contemplando pautas de reivindicações da Assistência Estudantil (restaurantes e residências universitária, melhoria em salas de aula, laboratórios e bibliotecas, dentre outras).
  • Reajuste salarial para o ano de 2016 dos docentes de 25%%, e para os técnicos administrativos de 33,36%.

         Outras pautas, além das citadas, de reivindicações das categorias foram entreguesem documento oficial ao Governo do Estado, ao Secretário da SEADPREV,  ao Reitor da UESPI e aos Deputados Estaduais. Estamos no aguardo do diálogo com o Governo, conforme previsto pelo secretário da SEADPREV, após recebimento do documento com as contrapropostas.

Nota de esclarecimento


O jornalista Pedro Alcântara, em comentário político feito hoje no programa Bancada Piauí, da TV antena 10, atrelou o movimento de greve, que envolve professores, técnicos e estudantes da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), de praticamente todos os campi do estado, à formação de lideranças política, organizada pelo professor Daniel Solon e pelo PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado). As colocações feitos pelo jornalista foram atribuídas a uma conversa com o secretário Franzé.

Cabe à diretoria da ADCESP, explicar que o professor Daniel Solon não é diretor do sindicato, mas, assim como centenas de outros docentes, técnicos e estudantes, está construindo o movimento de greve, uma vez que é parte da categoria docente da UESPI.

Ressaltamos ainda que o sindicato (ADCESP) é um instrumento de luta dos trabalhadores e que não tem nenhuma ligação com qualquer partido político. As ações da ADCESP têm como único objetivo atuar em defesa dos direitos dos docentes da UESPI, da classe trabalhadora e por uma universidade pública, gratuita e de qualidade.

Quaisquer insinuações que possam surgir, atrelando o movimento a qualquer partido político é inverídica, caluniosa e vem com o único objetivo de enfraquecer o movimento e desviar o foco dos principais problemas: o sucateamento da universidade, as péssimas condições de trabalho e estudo, a falta de professores efetivos e verbas suficientes para manter a universidade com qualidade necessária para formar bons profissionais.

Estudantes denunciam problemas nos campi da Uespi

Estudantes de diversos campi da Universidade Estadual do Piauí, vieram a Teresina participar da audiência pública realizada ontem (18) pela manhã na Assembleia Legislativa do Piauí e denunciar os problemas que precisam enfrentar para estudar.

Estudantes na ocupação na ALEPI
Para Juliana Carvalho, estudante do curso de biologia do campus Herois do Jenipapo de Campo Maior, é um desrespeito do governo do Estado com os estudantes, técnicos e professores da Uespi que sofrem há muitos anos com descaso.

“Os estudantes são os que mais sentem na pele, no campus de Campo Maior, não temos estrutura, segurança, iluminação, auditório de qualidade, a biblioteca fica em outro prédio com acesso perigoso. Chegar aqui e ouvir deles que não tem necessidade de greve, que eles não tem como bancar as mudanças da universidade, é revoltante”, disse.


Já no campus Barros Araújo em Picos, o estudante José Paes Landim, conta que o prédio mais novo da Uespi, esta cheio de problemas e que a propaganda feita pelo governo do Estado não condiz com a realidade.

“A maior propagando hoje do governo do Estado é sobre o campus de Picos, campus novo e tido como melhor do Estado,  eu não considero, porque foi debaixo de muita luta que aquele prédio saiu. Ele não tem estrutura, foi mal feito, tomadas sem fiação, ar condicionados não funcionam, não temos datashow, o setor de agronomia tem uma área menor que 10m² para plantar, a biblioteca não tem acervo suficiente”, explicou.

Além disso, ele conta que o campus é distante, fica em uma BR muito perigosa. “A qualquer momento pode acontecer um acidente, carros e carretas descem  em alta velocidade naquela serra, mas fazer o que, temos que estudar e lutar para melhorar! Apoiamos a greve!”, concluiu.
Reclamações também do campus Professor Possidônio Queiroz em Oeiras, a estudante de letras português, Gisele Oliveira, acredita que estuda no pior campus da Uespi.

“Nosso campos em Oeiras é o mais precário de todos, ele não tem nada, biblioteca defasada, apenas cursos de Letras Português, Matemática e História, são os únicos e não temos condições de manter porque os cursos não têm professores efetivos. Os estudantes não são prejudicados pela greve, mas pela falta de estrutura que a universidade não oferece para que possamos ter um ensino de qualidade”, lamentou a estudante.

Apoio nacional nas redes sociais

‪#‎Repercussão‬ | A atriz Luana Piovane, o ator José de Abreu e o deputado federal Jean Wyllys, manifestaram apoio a luta dos professores, técnicos e estudantes da Universidade Estadual do Piauí! ‪#‎sosuespi‬


quarta-feira, 18 de maio de 2016

Após audiência sem novidades, professores, técnicos e estudantes da UESPI elaboram contra proposta para ser enviada ao Governo do Estado

Após a audiência pública realizada entre professores, técnicos e estudantes da UESPI, Secretário de Governo, Merlong Solano, reitor Nouga Batista e deputados da Assembleia Legislativa, foi feita uma assembleia no Plenarinho da Alepi para avaliação das propostas apresentadas pelo governo.

Os representantes docentes, discentes e técnicos fecharam a contra proposta para ser apresentada ao governo, a greve continua até que haja negociação e solução para as revindicações das categorias. 

Pontos da Contra proposta:

- Progressões e promoções: a proposta é de pagamento imediato admitindo a possibilidade de parcelamento do retroativo;
- Formar uma comissão composta pelos poderes executivo, legislativo, reitoria e representantes de professores, técnicos e estudantes para discutir a autonomia da universidade;
- Lançamento do edital para o concurso de professores e técnicos ainda neste semestre para a contratação no ano de 2017;
- Chamada imediata dos classificados do último concurso; 
- Envio imediato da lei de alteração do plano de cargos, carreiras e salários dos técnicos com  tabela alternativa que foi construída, que tem base na realidade das universidades estaduais do nordeste;
- Fazer no prazo de uma semana um plano de aplicação para os 25 milhões de reais do empréstimo do governo do Estado;
- Reajuste salarial: reivindicação 25% para os professores e 33,36% para os técnicos, no caso de não ser admitida a tabela, sendo admitida, o índice cai para 15,26%.
Professores, estudantes e técnicos buscaram diálogo com a Alepi irredutível, Karnak, mas não houve manifestação. 
A ocupação segue até às 18 horas, onde uma reunião será realizada para uma nova avaliação.

Professores, técnicos e estudantes ocupam prédio da ALEPI e PM impede entrada de comida e água



#‎OcupaçãoALEPI‬ | Professores, estudantes e técnicos ocupam desde as primeiras horas da tarde, o Plenarinho da Assembleia Legislativa. A PM está impedindo a entrada de água e alimento no Plenário, onde comunidade acadêmica da Uespi aguarda resposta para a pauta de revindicação da categoria.

Vale ressaltar que esse é um movimento pacifico, cujo único objetivo é abrir um novo canal de negociação com o governo do estado e a reitoria da UESPI para as pautas de reivindicação da categoria. Mais cedo, em assembleia geral, as categorias concluíram a contraposta posta, que deve ser enviada ao governo do estado.


Hoje pela manhã, a categoria participou de Audiência Pública, que também contou com a participação do Secretário de Governo, Merlong Solano, do Reitor da UESPI, professor Nouga Batista e de deputados da Assembleia Legislativa. O Secretário de Governo apresentou as mesmas propostas feitas semana passada pelo Governador Wellington Dias e não trouxe nenhuma novidade para a audiência. Os representantes docentes, discentes e dos técnicos administrativos solicitaram uma nova reunião com o governo, para que seja apresentada uma contraproposta.

Governo e Deputados não apresentam nenhum avanço para as reivindicação da greve

Hoje pela manhã, na sala da comissão de constituição e justiça da ALEPI, professores, técnicos e estudantes da UESPI participaram de Audiência Pública, que também contou com a participação do Secretário de Governo, Merlong Solano, e de deputados da Assembleia Legislativa.
O Secretário de Governo apresentou as mesmas propostas feitas semana passada pelo Governador Wellington Dias e não trouxe nenhuma novidade para a audiência. Os representantes docentes, discentes e dos técnicos administrativos solicitaram uma nova reunião com o governo, para que seja apresentada uma contraproposta.
Logo após a audiência, a comunidade acadêmica presente se dirigiu ao Plenarinho da ALEPI, onde está nesse momento debatendo os próximos passos do movimento de greve e a construção de uma contra-proposta, a ser apresentada ao governo do estado.

terça-feira, 17 de maio de 2016

Os termos das Audiências agendadas pro dia 18 e 20 de maio

Disponível os termos da Audiência que acontecerá dia 18 de maio (quarta-feira), na Assembleia Legislativa (ALEPI), onde serão discutidas as principais demandas da comunidade acadêmica da UESPI. Juntamente com o termo da reunião com o promotor Fernando Santos que foi remarcada pro dia 20 de maio (sexta-feira).


segunda-feira, 9 de maio de 2016

Terça-feira é mais um dia de luta pela UESPI


Num ato unificado com toda comunidade acadêmica, no dia 05 de maio, cerca de 500 uespianos dos diversos campi da Universidade do Estado do Piauí foram às ruas para reivindicar do Governo Estadual respostas para os problemas que assolam cotidianamente a instituição e que impulsionaram a greve. 

Após ocupação do palácio de Karnak o movimento da comunidade uespiana conseguiu agendar uma reunião com o governador Wellington Dias (PT), para próxima terça-feira (10 de maio), às 16h, no Palácio de Karnak.

Vamos todos nos unir em mais um grandioso ato no Palácio de Karnak. Não sairemos de lá até o governo do Estado se posicionar de maneira séria e responsável diante das necessárias fundamentais para o funcionamento da UESPI.
Nossas pautas são:

- Revogação da Lei 6.772/2016;

- Implantação imediata das promoções, progressões e mudanças de regime de trabalho dos docentes;

- Implantação imediata das promoções e progressões dos técnicos administrativos;

- Reformulação do Plano de Cargo e Salários dos técnicos administrativos;

- Autonomia financeira da UESPI;

- Concurso para docentes e Técnicos;

- Pagamento imediato de todas as bolsas atrasadas dos estudantes da UESPI;

- Demandas emergentes específicas dos campis.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Comunidades acadêmicas da UESPI dos diversos campi do Estado vão às ruas de Teresina e ocupam Palácio de Karnak

Em ato unificado, na quinta-feira (05 de maio) pela manhã, em torno de 500 pessoas dos diversos campi da Universidade do Estado do Piauí, foram às ruas para reivindicar do Governo os problemas que assolam cotidianamente a instituição e que impulsionaram a greve. Professores, técnicos e estudantes fizeram o percurso da Praça do Fripisa até o Palácio de Karnak, com cartazes e palavras de ordem que definiam os motivos do movimento grevista. A comunidade uespiana conseguiu ocupar o Karnak e com isso agendar uma reunião com o governador Wellington Dias (PT), na próxima terça-feira (10 de maio), às 16h, no Palácio de Karnak.

Após intervenção nas ruas da capital, a comunidade acadêmica reuniu-se com administração superior da universidade no auditório da reitoria do campus Poeta Torquato Neto.  Uespianos de Teresina, Floriano, Picos, Oeiras, Parnaíba, Piripiri, São Raimundo Nonato e Campo Maior apresentaram  ao reitor Nouga Cardoso e a vice-reitora Bárbara Olímpia, a realidade da precarização do ensino superior estadual de cada cidade, como estrutura física, assistência estudantil, campanha salarial dos professores, atraso do auxílio alimentação dos técnicos administrativos, segurança nos campi, entre outras demandas. 



O reitor solicitou que após a reunião fosse elaborado um documento por todos os campi, com as principais reivindicações, o mesmo garantiu que será destinado à universidade verbas parlamentares e federais em torno de 3 milhões e meio de reais que será reservado para investimentos em infraestrutura dos campi do interior. O documento será direcionar a verba para os problemas mais urgentes que serão colocados. O atraso das bolsas dos estudantes também foi mencionado pelos presentes na reunião, com relação a esse ponto Nouga Cardoso assegurou que os pagamentos do mês de abril estarão disponíveis no dia 22 de maio. Com relação às pautas de falta de segurança nos campi, que há alguns meses atrás foi assunto de presença constante nas mídias, devido ao número de assaltos nos entornos dos campi da capital. Correlacionando a essa questão, professores de Campo Maior alertaram sobre a falta de iluminação da universidade  no município. O posicionamento do reitor foi de compromete-se em mediar um pedido de audiência com deputados e prefeito a respeito desse assunto.


Complementar a essas ações, e seguindo o calendário de comando de greve, na quarta-feira (04 de maio), professores e técnicos administrativos tiveram uma reunião no Ministério Público, onde foi encaminhado que a Universidade Estadual do Piauí está barrada de fazer concursos para professores temporários, pois a mesma encontra-se na ilegalidade da lei, com um quadro de mais de 600 professores temporários. Paralelo a isso, outro ganho do corpo docente e categoria dos técnicos, foi a aprovação do Projeto de Lei Nª 6.804/2016, que exclui os servidores da universidade dos efeitos da Lei 6.772, projeto que engessa Planos de Cargos, Carreiras e Salários e mudanças de regime.
 
Esses avanços que foram alcançados nessas três semanas de Greve, são resultados de um calendário de ações de um comando de greve organizado, e de um movimento de caráter unificado com os agentes que constroem diariamente a Universidade Estadual do Piauí, estudantes, professores e técnicos administrativos. Que estão mobilizados em prol da instituição. A comunidade acadêmica permanece em greve geral, mobilizada, e atrás de respostas do governador Wellington Dias (PT), que  esperamos ser sanadas na reunião do dia 10 de maio (terça-feira).

NOSSOS SONHOS SÃO MAIORES QUE SEUS MUROS!



Lutamos por um sonho coletivo, de fazer da nossa universidade um local de construção de conhecimento, erguido sob uma base estruturada e que garanta condições de trabalho e estudo para toda a comunidade acadêmica.
Lutamos por dias melhores, onde as notícias dos telejornais não sejam de falta de estrutura na UESPI, mas sim do seu papel histórico de contribuição social sendo finalmente cumprido em sua plenitude.
Lutamos porque nossos sonhos não morreram e porque acreditamos que esse é o único caminho para alcança-los!
Lutamos porque nossos sonhos são maiores seus muros! LUTAMOS!
‪#‎SOSUESPI‬

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Mais um benefício para os associados ADCESP!



quarta-feira, 4 de maio de 2016

Estudantes da UESPI em greve foram recebidos pelo Governador durante manifestação em evento oficial na ATI

Foto: Valéria Soares
Estudantes da UESPI protestaram nessa terça-feira (03 de maio), na ATI (Agência de Tecnologia da Informação), onde o governador Wellington Dias (PT) se reunia com a presença da equipe de secretários, deputados, professores, pesquisadores e também o reitor da Universidade Estadual do Piauí, Nouga Cardoso. A intervenção foi feita com cartazes e palavras de ordem, na busca de um posicionamento do governo com relação à greve, às demandas estruturais e de assistência estudantil que afligem também todo corpo discente. Os estudantes questionaram os seguintes pontos: se o governador já havia sancionado a nova Lei que retirava a UESPI dos efeitos da Lei 6772/16; Sobre a data para realização do novo concurso para professores efetivos e da necessidade do governo de promover um acordo na ação judicial que busca efetivar os classificados ainda restantes do concurso de 2011; Da implantação das promoções e mudanças de nível dos professores (ligados diretamente ao empenho de realização de projetos de pesquisa e extensão); Do pagamento dos cinco meses atrasados das bolsas estudantis e da necessidade imediata de reforma dos campi.

Wellington Dias comprometeu-se a garantir a presença do secretário na audiência no Ministério Público hoje às 09h30. Afirmou também que não poderia nomear classificados de um concurso que já venceu. Os estudantes rebateram que o Ministério judicializou a questão antes do vencimento do concurso e afirmaram ser possível, mas ele respondeu que mesmo assim não poderia, só após esgotar todos recursos da ação. O que demonstra que ele não tem interesse em fazer o acordo e deixa em aberto uma demanda emergencial da UESPI. O governador garantiu que a  abertura do novo concurso público para professores efetivos ficaria para o segundo semestre, após a conclusão do PDI e expôs que “Os professores temporários não contabilizam para o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal por isso seria melhor manter esses contratos atuais" Mas os mesmos são precários e não garantem orientação de projetos de pesquisa, extensão e os salários são mais baixos. Declarou  que as bolsas em atraso seriam pagas em 12 de maio e 22 de maio. Wellington também afirmou que as reformas dos campi serão feitas com o dinheiro a ser repassado por empréstimo do Banco Mundial.

Os estudantes destacaram, ainda, o problema com relação à Cozinha Universitária que serve um número restrito de pessoas através de edital de Auxílio Alimentação, ao invés de toda comunidade acadêmica e ainda apresenta problemas no seu funcionamento. Wellington disse que desconhecia esse problema, e que iria atrás de alguma solução. No final os estudantes solicitaram que o governador os recebesse em uma Audiência no Palácio do Karnak, para discussão detalhada das questões colocadas e necessidade de ter uma resposta por escrito, mas o Governador caminhou para finalizar a conversa e disse que esse assunto já está sendo discutido. Os estudantes, professores e técnicos administrativos permanecem em defesa de suas pautas.

domingo, 1 de maio de 2016

Na terceira semana de greve na UESPI, movimento divulga Calendário de Ações

Chegando aos 15 dias de greve, o movimento grevista da UESPI já começou a divulgar o Calendário de Ações para esta semana. Teresina e Parnaíba divulgaram a programação de atividades para esta semana. Confira:

Calendário Parnaíba (Clique para ampliar)

Calendário Teresina (Clique para ampliar) 

Seu campus já possui o Calendário de Greve desta semana? Envie-nos para adcesp@gmail.com