sexta-feira, 20 de maio de 2016

Nota de apoio aos servidores municipais de Teresina e aos servidores da ADAPI, em greve

Os servidores municipais de Teresina estão em greve há mais de 50 dias, contra a intransigência do prefeito Firmino Filho/PSDB que fez aprovar reajuste salarial parcelado para o funcionalismo, com índice bem abaixo da reivindicação da categoria, e ainda de forma parcelada. O funcionalismo municipal sofre com arrocho salarial e também com o assédio moral, e o Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (Sindserm) segue exigindo negociação com a prefeitura.
Em nosso Estado também estão em luta, neste momento, os servidores da Agência de Defesa Agropecuária no Piauí (Adapi). Eles deflagraram greve no último dia 18 de maio contra a Lei Estadual 6.7772/16 que ataca o quadro funcional da Agência e também de outros órgãos estaduais e afeta ainda o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV). A categoria reivindica reajuste salarial e também vem fazendo o questionamento do Projeto de Lei PLP 257/16, de autoria do então Governo Dilma/PT (e em tramitação no Congresso Nacional com o apoio do “governo interino” de Temer/PMDB), que prevê diversos ataques ao conjunto do funcionalismo público – seja ele federal, estadual ou municipal -, dentre eles congelamento salarial, impedimento de progressões e promoções, proibição de concursos públicos e até demissões (PDV), e outra reforma da Previdência para dificultar o acesso do povo à aposentadoria.

Entendemos que a luta hoje existente na Uespi, numa greve que já dura 32 dias, tem o mesmo sentido das mobilizações travadas pelos trabalhadores do município de Teresina, da ADAPI, e de outras categorias no Brasil. Diante de um contexto de crise econômica, os governos e grandes empresários sempre jogam a conta nas costas dos trabalhadores. Isso está acontecendo não apenas em nosso país, como também em outros países como a Argentina, Grécia, França... onde a juventude e a classe trabalhadora se levantam contra os planos de “ajuste fiscal” que atacam direitos, e impõem arrocho salarial.
Portanto, nos solidarizamos às greves em curso e ao mesmo tempo apostamos que o caminho para defendermos nossos direitos e derrotar estes ataques dos governos estaduais, municipais e federais é a construção de uma luta nacional e unitária dos trabalhadores. Viva a luta da classe trabalhadora!


Teresina, 20 de maio de 2016.



Comando de Greve Unificado da Universidade Estadual do Piauí - Uespi

Também assinam esta nota: Csp Conlutas; Movimento Nacional de Oposição Bancária - MNOB/PI; Assembleia Nacional de Estudantes Livre - Anel

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