terça-feira, 30 de julho de 2013

Sem nomeação dos classificados, aulas podem ser adiadas por ausência de quadro docente

Há cerca de 1 ano e 4 meses os classificados no último concurso da UESPI para professor efetivo estão esperando suas nomeações, que são prorrogadas constantemente sem nenhuma justificativa plausível. O governador, ao invés de solucionar o problema, fica protelando uma resposta concreta à esses docentes. Enquanto isso, a reitoria da UESPI renova contratos e realiza, com a conivência do governo, concursos para professores substituto-temporários, mesmo tendo um concurso em aberto, o que é ilegal.

Em virtude disso, os classificados lançaram uma Carta Aberto endereça ao governador, mas também ao conjunto da sociedade piauiense, alertando sobre o grave problema de ausência de quadro docente efetivo na instituição, o que compromete o funcionamento integral da universidade, com base no tripé ensino-pesquisa-extensão, uma vez que professores substitutos não podem inscrever projetos de pesquisa e extensão. Ao todo, quase 50% do quadro docente da UESPI é formado por professores substitutos. A carta mostra ainda a insatisfação dos classificados pela não nomeação desses professores, que esperam há muito tempo.

Em entrevista na manhã de hoje, o Pró-reitor de Ensino da instituição, Francisco Soares, afirmou que as aulas do segundo semestre podem atrasar caso não haja, por parte do governo do estado, a nomeação dos classificados e ainda afirmou que há possibilidades de se abrir novo edital para contratação de substitutos para suprir a demanda de professores.

Confira abaixo a entrevista e matéria completa, veiculada nesta manhã na Tv Rádio Clube: 




quinta-feira, 25 de julho de 2013

CARTA ABERTA AO GOVERNADOR WILSON MARTINS E AO POVO PIAUIENSE


Sr. Governador do Estado do Piauí Wilson Martins,

Somos professores classificados no último concurso para docentes efetivos da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) realizado em 2011. Mediante esta carta queremos expressar a nossa mais profunda insatisfação, indignação e tristeza perante a forma como estamos sendo tratados pela administração pública e pela própria reitoria da UESPI.

Há cerca de um ano e quatro meses, o referido concurso foi homologado e, desde então,  iniciou-se uma caminhada dolorosa e árdua em busca do nosso direito à nomeação. Enquanto nos “torturam”, fazendo-nos esperar por uma nomeação que nunca acontece, a reitoria e o governo do estado insistem em realizar concursos para contratar de forma precária professores substitutos/temporários, bem como renovar os contratos de professores provisórios já existentes ignorando, dessa forma, uma lista de docentes aprovados no concurso para efetivo. Assim, ao manterem o número exorbitante de professores temporários, governo e reitoria atropelam a Lei Estadual (LC 124/2009) que obriga a efetivação de todo o quadro docente da UESPI ainda em julho de 2013.  A Lei também define um percentual máximo de 20% de contratos de “substitutos”, e somente em casos especiais, de afastamento temporário de professores efetivos.

No mês de junho de 2013, foi afirmado pela Secretaria de Administração que assumiríamos nossos cargos no final do mês de julho de 2013, para começarmos a trabalhar no segundo semestre letivo deste ano.  Entretanto, a reitoria da UESPI quebrou a promessa feita ao novamente lançar editais para selecionar docentes provisórios e ainda renovou vários contratos de professores substitutos em vários campi do estado, com anuência do governo.

Os mais de 600 contratos temporários de professores na UESPI representam cerca de 50% do quadro docente da UESPI. É uma grave situação de precarização das relações de trabalho. Isso  impede que a Universidade amadureça e avance no sentido de a Instituição cumprir com a função social de garantir o tripé ensino-pesquisa-extensão, com a devida qualidade e responsabilidade social. Nós, concursados, somos mestres, doutores e pós-doutores extremamente interessados em colaborar para com a UESPI e conseqüentemente para o desenvolvimento do Piauí. Os substitutos, em grande maioria apenas especialistas, embora se esforcem para bem contribuir através do ensino, não podem cadastrar e executar projetos de pesquisa e extensão tão necessários a consolidação da UESPI, resultando em prejuízos para toda a comunidade universitária, sobretudo para os estudantes.

Somos profissionais, estudamos, nos qualificamos e queremos fazer valer nosso direito! Não merecemos passar por toda essa angústia e incerteza e muito menos sermos tratados com todo esse descaso! Queremos um posicionamento concreto do senhor governador que já falou várias vezes nos meios de comunicação que iria nomear todos os classificados. Mas quando? Toda a sociedade piauiense cobra mais responsabilidade e melhoria na Educação Pública.  É hora de o governo mostrar compromisso para a melhoria da UESPI, avançando no processo de efetivação do quadro docente.
 Por isso, mais uma vez, reivindicamos: nomeação, já!


Teresina, 25 de julho de 2013

Classificados no concurso para professor efetivo na UESPI

quinta-feira, 18 de julho de 2013

UESPI lança edital para contratação de professores substitutos e ignora nomeação dos classficados

A PREG lançou, na última quarta-feira (16), o Edital nº 022/2013, que trata de processo seletivo para professor substituto nos campi da capital e interior, “para atender as necessidades de professores nos Campi/Núcleos Universitários de São Raimundo Nonato, Floriano, Uruçuí, Picos, Oeiras e Amarante, referentes ao 2º semestre de 2013”. É o que diz o edital.




Mais uma vez a UESPI convoca um seletivo para contratação de professores substitutos, mesmo tendo uma lista de docentes classificados no último concurso que esperam por nomeação. A Lei Complementar 124/2009 determina que a Universidade efetive todo seu quadro docente até Julho de 2013, portanto, até mês passado. O que significa dizer que a universidade está descumprindo uma Lei e ainda lança mais concursos para docentes substitutos.

Além disso, o Senado aprovou a Lei Geral dos Concursos Públicos, que dentre outras coisas, proibe a realização de novos exames sem que os aprovados em provas anteriores tenham sido convocados.

A notícia gerou muita indignação entre os classificados que há muito tempo reclamam ao Governo e Reitoria a nomeação de seus cargos. Um dos classificados, que achamos melhor não divulgar seu nome, afirma que em momento eles foram avisados que abririam novas vagas para substituto. “Estou surpreso, indignado, estarrecido com essa falta de respeito. Com certeza sairá outros editais nas outras vagas, isso eu não tenho dúvidas” diz.

No Facebook, muitos docentes desabafaram e criticaram o governo e a administração superior da Universidade pela falta de compromisso e respeito. “Indignada, vendo minha vaga sendo substituída. Eu não aguento esse governo e não acredito nessa justiça”, disse uma professora. Ou docente classificado em Picos diz, “estou classificado para Picos, abriram 1 de 40 e 1 de 20 pra lá e 2 de 20h pra Floriano. Um absurdo”, conclui. Preferimos não revelar os nomes dos docentes como forma de resguardar sua privacidade pessoal e não expô-los.

Nesse momento é importante fortalecer a luta em defesa dos classificados e pela imediata efetivação do quadro docente da instituição.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Após forte dia de greves e manifestações, Centrais Sindicais convocam Dia Nacional de Paralisação para 30 de agosto

As oito Centrais Sindicais, reunidas nesta sexta-feira (12) , fizeram um balanço positivo das ações que realizaram no dia ontem (11 de julho), “Dia Nacional de Greves, Paralisações e manifestações”. Diante disso, convocaram um novo “Dia Nacional de Paralisação” marcado para o dia 30 de agosto. O objetivo é pressionar a presidente Dilma para que atenda as reivindicações dos trabalhadores.



Para José Maria de Almeida, que juntamente com Atnágoras Lopes, esteve representando a CSP-Conlutas, “a definição desse chamado é muito importante porque, conforme ficou demostrado na força das mobilizações ocorridas (em praticamente todos os Estados país) no último dia 11, a classe trabalhadora está disposta e vai manter a pressão sobre o governo”.
De acordo com o dirigente, “ou a Dilma atende a pauta dos trabalhadores, até esta data, ou a paralisação nacional pode ser um caminho para uma greve geral no Brasil”.  
Muito além do que as mais de 50 estradas bloqueadas nas diversas regiões do Brasil, durante os protestos do dia 11, o balanço de todas as Centrais deu ênfase aos milhões de trabalhadores e trabalhadoras que cruzaram os braços, fizeram greves e promoveram a paralisação da produção de diversos setores da indústria, do comércio e de serviços, a exemplo dos metalúrgicos das montadoras de São José dos Campos, Minas Gerais, São Paulo, capital e ABC, Santos e Rio Grande do Sul; operários da Construção Civil de Fortaleza, Belém e São Paulo, capital, além de comerciários e setores do transporte em algumas capitais, servidores do Paraná, entre outros. Para os diversos representantes das Centrais Sindicais a classe entrou com força na defesa de suas reivindicações e isso foi um elemento chave. As organizações presentes também destacaram as ações dos movimentos sociais, em especial do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra).
A CSP-Conlutas chegou a propor que se definisse já pelo chamado a Greve Geral para o dia 30 de agosto. Essa forma, porém, não foi aceita pelas demais centrais. Ao final, todos concordaram com o chamado ao Dia Nacional de Paralisação, marcado para 30 de agosto. Até lá, as centrais vão exigir uma reunião com a presidente Dilma para, mais uma vez, exigir o atendimento da pauta unitária: redução do preço e melhor a qualidade dos transportes coletivos; mais investimentos na saúde e educação pública; fim do fator previdenciário e aumento das aposentadorias; redução da jornada de trabalho; fim dos leilões das reservas de petróleo; contra o PL 4330, da terceirização; Reforma Agrária.
 Zé Maria reiterou ainda que é importante as Centrais Sindicais seguirem em unidade para arrancar essas conquistas para os trabalhadores brasileiros. Contudo, o dirigente fez uma ponderação: “Para conquistarmos nossas reivindicações temos enfrentar os governos, a começar pela presidente Dilma que, não só não atende a nossa pauta, mas segue aplicando uma política a serviço dos interesses do capital. Basta ver a manutenção do superávit primário, o envio de centenas de bilhões de nosso dinheiro público todos os anos pra pagar juros da dívida pública, a desoneração da folha aos empresários, aumento da taxa de juros, as privatizações, etc.”, salientou.
O dirigente da Central disse ainda que nessa batalha os sindicatos têm de ter um lado, ou seja,  da classe trabalhadora, contra os patrões e o governo. “Devemos seguir com as mobilizações, realizar os protestos estaduais, preparar o dia nacional de paralisação e irmos criando as condições para realizarmos uma Greve Geral nesse país”, finalizou Zé Maria.
As centrais sindicais definiram ainda que vão pedir uma reunião com presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho) pra discutir sobre os ataques ao movimento sindical com o chamado “interdito proibitório”, com condenações e multas ao movimento.  No dia 11 de julho, dezenas de liminares, com aplicação de multas de centenas de milhares de reais, foram concedidas, a pedido de instituições do governo, contra várias centrais sindicais. Os representantes das Centrais estavam indignados com isso. Também ficou definido o dia 6 de agosto como um dia de realização de protesto nos Estados e distrito federal contra o PL 4330.   Estiveram presentes na CSP-Conlutas, CUT, FS, UGT, CGTB, NCST, CGTB, CTB e CSB.


Fonte: CSP-Conlutas

sexta-feira, 12 de julho de 2013

No dia nacional de paralisações e manifestações, a ADCESP levou para a rua as pautas da Campanha #SOSUESPI

O dia de ontem, 11 de Julho, marcou a entrada da classe trabalhadora na onda de protestos que tomou o Brasil no último mês. Um grande protesto nacional organizado nas bases das categorias e debatido em assembleias gerais. Pelo menos 23 estados Brasileiros saíram às ruas, em unidade, para reivindicar os direitos dos trabalhadores.




Em Teresina não foi diferente, diversas categorias de trabalhadores, movimentos populares e estudantis se concentraram às 14 horas na Praça da Liberdade e saíram em manifestação pelo centro da cidade. O protesto denunciou as péssimas condições dos serviços públicos e exigiu dos governos a redução do preço e melhorar a qualidade dos transportes coletivos, o fim do fator previdenciário e aumento das aposentadorias, fim dos leilões das reservas de petróleo, dentre outros.

Os docentes e estudantes da UESPI estiveram presentes, levando as bandeiras de luta construídas pela Campanha #SOSUESPI. A passagem pelo Palácio de Karnak foi simbólica e denunciou o descaso do governo com a universidade, a falta de investimento e de prioridade com a educação.



A tentativa do Governador Wilson Martins (PSB) de adiar por mais um ano a efetivação do quadro docente da UESPI, através do PL 19/2013 (Ver mais aqui) é um grande ataque a um direito conquistado pelos docentes da instituição e foi denunciado durante o protesto, que também exigiu a imediata nomeação dos professores classificados no último concurso.

Agora, a CSP-Conlutas articula a continuidade desse amplo processo de mobilização social e constrói, em unidade com as demais centrais sindicais, uma Greve Geral no Brasil.  


quinta-feira, 11 de julho de 2013

Seções Sindicais do ANDES-SN se somam às manifestações do dia 11 de julho

Seções Sindicais do ANDES-SN se somam às manifestações do dia 11 de julho

Em todo o Brasil, o dia 11 de julho será marcado por greves, mobilizações e outras atividades reivindicatórias, em virtude do Dia Nacional de Lutas organizado pelas oito centrais sindicais brasileiras (CSP-Conlutas, CUT, UGT, Força Sindical, CGTB, CTB, CSB e NCST), com a participação do MST, Dieese, Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (SPF) e outros setores articulados no âmbito do Espaço de Unidade de Ação.

Seguindo orientação do ANDES-SN, várias seções sindicais já se somam às atividades marcadas para o dia 11 de julho nas suas cidades e estados, agregando reivindicações específicas dos docentes às bandeiras unificadas da classe trabalhadora que compõem a pauta geral do Dia Nacional de Lutas. 

Confira abaixo algumas seções sindicais já informaram ao Sindicato Nacional a adesão à paralisação e realização de atividades locais: Adufepe (PE), Adufpb (PB), Adufmat (MT), Adufpel (Pelotas-RS), Adua (AM), Aduern (RN), Adufpa (PA), Adcesp (PI), Sedufsm (Santa Maria-RS), Sindunivasf (Vale do São Francisco – PE), Adurj (RJ), Aduff (RJ), Asduerj (RJ), Adusb (BA), Adufes (ES), Adufcg (PB). Várias seções sindicais realizam assembleia nesta segunda (8), para decidir como integrar os atos no dia 11.




Pernambuco: A Adufepe (SSind) deliberou pela paralisação, com mobilização em frente a entrada do campus Recife, a partir das 9h.

Paraíba: A Adufpb adere à paralisação com realização de ato no centro de João Pessoa (PB), junto com outras categorias. Em Campina Grande, os docentes da UFGC também devem realizar manifestação nas ruas da cidade.


Vitória da Conquista (BA): Por deliberação da assembleia, a Adusb participa de um fórum que reúne diversas entidades e está organizando atividade conjunta para marcar o dia de paralisação na cidade.

Espírito Santo:
Os professores da Ufes decidiram suspender as atividades no dia 11 de julho. A decisão da categoria foi tomada em Assembleia Geral nesta quinta-feira (4), na sede do sindicato, no campus de Goiabeiras (Ufes), em Vitória. Além da paralisação, os docentes també m devem realizar uma série de atividades e reuniões até o dia 11, entre elas, uma palestra sobre a conjuntura política nacional, a integração às manifestações e os desafios colocados para classe trabalhadora e as organizações sociais e populares e uma reunião para discutir estratégias de mobilização para o dia 11.

Rio Grande do Norte: Os professores e estudantes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) decidiram paralisar as atividades no próximo dia 11 de julho. A paralisação foi deliberada em conjunto pela e pelo DCE da instituição. Já os professores e estudantes da Uern entram na luta por uma universidade de qualidade, pública, gratuita, por mais verbas, melhores condições de trabalho, infraestrutura decente e assistência estudantil digna. Em Mossoró, a agenda de atividades está sendo construída em conjunto com outras entidades e deverá ser definida na próxima segunda-feira, 8.

Pará: Os professores da UFPA devem paralisar suas atividades por 24 horas no próximo dia 11 de julho. A decisão foi tomada em assembleia geral da Adufpa na manhã desta quinta-feira (4), que analisou a conjuntura e destacou a necessidade da categoria aderir à paralisação e fortalecer este processo de luta. Oo dia de paralisação será marcado por mobilizações no âmbito da UFPA, além de um ato público em conjunto com as diversas categorias em luta, que deve ocorrer no dia 11 de julho nas ruas do centro de Belém.

Piauí: Os docentes da Uespi avaliaram que não valeria a pena parar as atividades no dia 11, pois nesta data o semestre letivo já estará encerrado, mas irão participar das atividades realizadas em conjunto com as outras entidades. A principal atividade do dia 11 já agendada é o Ato Público que acontecerá 14h30 na praça da liberdade, no centro de Teresina, para onde os docentes levarão suas pautas de reivindicação.

Santa Maria (RS): Os professores da UFSM irão se juntar aos demais trabalhadores da área pública e privada de Santa Maria, que preparam um dia de intensas manifestações para o dia 11 de julho. As manifestações do dia 11 de julho começam a partir das 9h na principal praça da cidade, a Saldanha Marinho, e encerra às 17h com a realização de uma marcha pelas principais ruas e avenidas da cidade.

Rio de Janeiro:
os professores irão às ruas para lutar pelas demandas expressas nas manifestações que sacudiram o Brasil (investimentos na saúde e na educação pública, qualidade dos transportes e dos serviços públicos), mas também por sua pauta específica (carreira, condições de trabalho, salário) relacionada ao quadro geral de dificuldades dos trabalhadores no país. As atividades começam às 13h, com concentração específica dos setores da educação e da saúde na Praça 15, a partir das 13h, com a “Universidade na Praça” e “Saúde na Praça”. Em seguida, trabalhadores dos dois setores irão se juntar aos demais trabalhadores no ato conjunto, cuja concentração está prevista para as 17h na Candelária. A manifestação deve reunir os docentes das universidades Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Federal Fluminense (UFF), Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Movimentos sociais do Piauí preparam dia nacional de mobilizações e paralisações deste dia 11 de julho

O dia 11 de julho foi definido pela Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), a Força Sindical, CUT, CTB, UGT, NCST, CGTB, CSB – como um dia de greves, paralisações e manifestações de rua, para cobrar do governo e dos patrões o atendimento de reivindicações da classe trabalhadora.  No Piauí, as manifestações começam pela manhã, com montagem de acampamentos no centro da cidade (Praça da Liberdade), mobilizações em universidades (UESPI e UFPI) e escolas, órgãos federais e outros locais de trabalho. “Na parte da tarde, na Praça da Liberdade, haverá concentração dos movimentos sociais a partir das 14h e, em seguida, passeata pelas ruas do centro de Teresina”, informa Gisvaldo Oliveira, da coordenação da CSP Conlutas no Piauí.

“Nosso país está sendo sacudido nas últimas semanas por grandes manifestações de rua. O povo está indo às ruas, com a juventude à frente, para cobrar dos nossos governantes solução para as mazelas que afligem a vida de todos: além do transporte, saúde, educação, moradia, inflação, violência policial, corrupção, desmandos dos políticos, entre muitas outras”, opina a CSP Conlutas.  

De acordo com a Central, a classe trabalhadora brasileira precisa ocupar o seu lugar nesta luta, entrar nela com todas as suas forças, de forma organizada, e em defesa de suas reivindicações: “Somos parte e apoiamos as manifestações que estão nas ruas, apoiamos suas bandeiras. Precisamos com nossa ação, fortalecer esse processo de lutas e agregar às bandeiras das ruas, as reivindicações da nossa classe”.
Algumas pautas nacionais são: 

- Reduzir o preço e melhorar a qualidade dos transportes coletivos;
- Mais investimentos na saúde e educação pública;
- Fim do fator previdenciário e aumento das aposentadorias;
 - Redução da jornada de trabalho; - Fim dos leilões das reservas de petróleo;
- Contra o PL 4330, da terceirização;
-  Reforma Agrária  

A estas reivindicações agregam-se outras de várias categorias locais, como a de mais verbas para a Educação, regularização de ocupações urbanas e rurais, melhores salários, nomeação de professores efetivos na UESPI, dentre outras demandas. A ADCESP estará presente na manifestação levantando as bandeiras da educação pública, gratuita e de qualidade. Estarão nas ruas as bandeiras da efetivação imediata de todo o quadro docente da UESPI, da nomeação dos professores classificados no último concurso, da aumento de verbas para a instituição, da autonomia financeira e assistência estudantil.


Fonte: CSP-Conlutas/PI

sexta-feira, 5 de julho de 2013

ADCESP busca negociação com governo e deputados; Dia 11 de julho, docentes participam de mobilização nacional

Governo quer adiar contratação de professores efetivos e congelar por quatro anos os salários de professores temporários


Na última quarta-feira (03/07), representantes da Associação dos Docentes da UESPI (ADCESP) estiveram reunidos com a Deputada Liziê Coelho para tratar do Projeto de Lei 19/2013, que pretende alterar o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos docentes da UESPI. O projeto trata do reajuste dos vencimentos dos professores, mas contém irregularidades que atacam direitos conquistados no PCCS da categoria. Antes disso, a ADCESP já havia solicitado, em conjunto com o movimento estudantil, audiência com o Governo do Estado para discutir sobre os problemas enfrentados pela comunidade universitária, entre eles, a demora na nomeação dos classificados no último concurso. A situação é de muita angústia entre os vários classificados que esperam nomeação, tendo em vista que o próximo período letivo (2013.2) se aproxima, sem que o governo faça as nomeações.



Mesmo com vícios de inconstitucionalidade, o projeto 19/2013 foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa. O relatório favorável foi do deputado João de Deus (PT). Liziê é relatora do projeto na Comissão de Tributação e Finanças e ouviu a reivindicação da Adcesp para que se suprimam artigos que não contemplam os interesses da comunidade universitária.

Na reunião com a deputada Liziê foi apresentada pelos docentes a insatisfação da categoria em relação aos artigos 4° e 5° do Projeto de Lei encaminhado pelo Governador, que, respectivamente, não garante a isonomia salarial entre os docentes efetivos e temporários/substitutos (estes teriam salário congelados por quatro anos, já que no ano passado não houve aumento para este segmento) e adia por mais um ano a efetivação do quadro docentes da instituição.

Representantes da Adcesp com a deputada Liziê

Ainda há inconstitucionalidade no projeto por que uma Lei Ordinária não pode alterar uma Lei Complementar, como é o caso do Plano de Cargos e Salários dos docentes da UESPI (LC 124/2009). A isonomia entre professores efetivos e substitutos é garantida ainda na Lei Estadual 5.309, que determina que  remuneração do pessoal temporário contratado pelo Estado deve ser de acordo com o PCCS da categoria. 

A ADCESP busca uma intermediação através da Assembleia Legislativa, no sentido de negociar com o governador e sensibiliza-lo da necessidade urgente de contratação de novos professores efetivos para a universidade e novos concursos públicos. A reunião com a Deputada Liziê Coelho foi um passo para a abertura desse canal de negociação e diálogo.

A Deputada se comprometeu em articular, junto aos demais deputados, uma Audiência Pública para debater os pontos em questão e só então, tramitar o Projeto de Lei. A audiência está prevista para acontecer após o recesso parlamentar, em Agosto. A ADCESP já teve reunião com a reitoria da UESPI sobre o projeto de lei e cobrou manifestação pública da administração superior sobre o caso. Até o momento, reitor e vice-reitor não chamaram a imprensa para denunciar o problema. Apenas o Conselho Universitário se manifestou contrariamente aos pontos que prejudicam a comunidade.

A bandeira de luta pela nomeação dos classificados e nomeação do quadro docentes também será levada às ruas no dia 11 de Julho (Dia nacional de greves paralisações e manifestações, convocada pela Central Sindical e Popular - CSP Conlutas e outras entidades), junto às reivindicações por mais verbas na educação e em defesa dos direitos da classe trabalhadora. 


terça-feira, 2 de julho de 2013

Governador dá "bolo" nos professores classificados e Conselho Superior da UESPI demonstra descontentamento

Terminou neste domingo (30/06) o prazo final para a efetivação de todo o quadro docente da Universidade Estadual do Piauí - UESPI, de acordo com a Lei Complementar 124/2009. Porém, usando de má fé, o Governador Wilson Martins (PSB) embutiu no Projeto Lei 19/2013, que trata do reajuste dos vencimentos dos professores efetivos da UESPI, um artigo que prorroga por mais um ano a efetivação dos professores e a consequente nomeação dos classificados no último concurso, cujo relator, deputado João de Deus (PT) votou favorável ao projeto. 

Em virtude disso, os professores classificados realizaram na manhã de ontem (01/07) um ato simbólico após a reunião com a reitoria da UESPI, que lembrava o fim do prazo de contratação, a desobediência do governo à Lei Completar 124 e o "bolo" que o mesmo está dando nos docentes e estudantes desta Instituição de Ensino.  

O Projeto de Lei ainda não foi votado e está na Assembleia Legislativa para avaliação da Comissão de Tributação e Finanças. Em reunião na manhã desta terça-feria, o Conselho Universitário da UESPI votou favorável a um pedido de esclarecimento para o governo acerca desta proposta. Será encaminhado um documento à Presidência da Assembleia Legislativa e ao Governo do Estado, demostrando total descontentamento para com a proposta apresentada pelo governador. 

Cabe ressaltar, que esta é uma  iniciativa do Conselho Superior da Universidade e não um posicionamento formal da reitoria, que durante a reunião tentou justificar os motivos do governador em apresentar tal proposta. 

Confira as atividades da ADCESP para as próximas semanas

Calendário de atividades da ADCESP:


02/07 (Terça-Feira), às 18 horas: Reunião com as entidades sindicais, estudantis e populares para tratar da realização do seminário sobre democratização da comunicação e militância virtual no Piauí;

03/07 (Quarta-feira), às 9 horas: Reunião com a Deputada Liziê Coelho, na Assembleia Legislativa do Piauí, para tratar da pauta salarial dos docentes da UESPI;

03/07 (Quarta-feira), às 12 horas: Reunião entre Reitoria da UESPI e Secretário Paulo Ivan, para apresentar as reivindicações da ADCESP e do Conselho Superior da UESPI;

09/07 (Terça-Feira), às 15 horas: Audiência Pública na Câmara dos Vereadores  para debater sobre o transporte coletivo que atende à UFPI e UESPI;


11/07 (Quinta-feira): Greves e paralisações pelo Brasil. GREVE GERAL convocada pela CSP-Conlutas e outras Centrais Sindicais; 

Resultado da reunião com a Reitoria, ADCESP e professores classificados

Ontem pela manhã o sindicato dos professores da UESPI - ADCESP, a Reitoria e uma comissão de professores classificados no último concurso da UESPI tiveram uma reunião para tratar dos seguintes pontos:

  •         Nomeação dos professores classificados;
  •         Projeto de alteração na Lei Complementar encaminhada pelo Governador à Assembleia Legislativa;
  •         Atrasos na entrega da Cozinha Comunitária da UESPI;


Foi colocada a extrema urgência da nomeação dos classificados, bem como a tentativa do Governo de embutir no Projeto Lei de reajuste salarial um artigo que adia por mais um ano a Lei Complementar 124/1009, que obriga a contratação de mais professores para a universidade e as irregularidades do Projeto Lei, que não garante a isonomia salarial entre docentes efetivos, substitutos e temporários.

Sobre a Cozinha Comunitária foi colocado o atraso de mais de 100 dias do prazo estabelecido para a entrega da obra e a reitoria da universidade afirmou que em agosto as obras estarão concluídas e entregue á comunidade acadêmica. A reitoria disse ainda que as obras são acompanhadas apenas pela SASC e que não há nenhuma pró-reitora responsável por acompanhar a obra. Foi dito ainda pela administração superior que o Campus de Picos será entregue no mês de outubro de 2013. 

Por fim, ficou acertado que na próxima terça-feira (27), às 12 horas, o reitor terá uma reunião com o secretários administrativo do governo e colocará as reivindicações apresentadas na reunião e reiteradas pelo Conselho  Superior da UESPI. 

Combater o assédio e o machismo: encaminhamentos do Debate sobre assédio moral e direito da mulheres


Na última quinta-feira (27/06), a ADCESP realizou o debate “Direito das Mulheres e Assédio Moral no Mundo do Trabalho” que contou com a presença de representantes deste sindicato, do SINTUESPI, do Movimento Mulheres em Luta (MML) e da Ordem dos advogados do Brasil (OAB). A Reitoria da UESPI também foi convidada, mas não enviou nenhuma representação.



O debate é fruto de um caso de assédio moral contra trabalhadoras da Universidade (servidoras e professoras do curso de História). Reiteremos que a luta contra o assédio às mulheres trabalhadoras também é uma luta contra o machismo e que não podemos, em momento algum, fechar os olhos para isso.

Confira os encaminhamentos tirados do debate:

  • è Evento de um dia para debatermos sobre assédio (SINTUESPI e ADCESP) antes do recesso;

  • è Incluir assédio na Campanha #SOSUESPI;

  • è Encaminhar pedido de abertura de processo contra agressores;

  • èSINTUESPI e ADCESP interpelar junto à administração superior para que se faça um posicionamento público (pedido de esclarecimento) e pressionar para a instauração de um processo administrativo;

  • è Nota de repúdio (servidoras e professoras de História)