A confiança está na luta! Vamos retomar nossa mobilização!
O Governo do Estado descumpriu o que prometeu aos professores da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e por isso a categoria docente decidiu, em assembleia, não iniciar o próximo período letivo (2012.2), retomando a greve por tempo indeterminado a partir de 6 de agosto.
Em audiência realizada no dia 29 de maio, o governador Wilson Martins (junto com membros da Secretaria de Administração) comprometeu-se a apresentar proposta salarial aos professores da UESPI no dia 12 de junho, pedindo "trégua" à greve docente iniciada no dia anterior. Tal proposta salarial iria no sentido de equiparar o piso do professor especialista 20h da UESPI (atualmente de R$ 1.071,00) ao das universidades estaduais do Ceará (atualmente de R$ 1.467,00). Com boa expectativa de negociação efetiva, apesar de a reivindicação de piso ser de R$ 2.324,00 (salário mínimo calculado pelo DIEESE) para o professor auxiliar 20h, a categoria resolveu suspender a greve em assembleia geral do dia 31 de maio.
No entanto, lamentavelmente, a reunião do dia 12 de junho foi desmarcada pela Secretaria de Administração, poucas horas antes do horário combinado. Por telefone, o secretário de Administração, Paulo Ivan, alegou estar fazendo "estudos de impacto na folha" e que uma posição do governo só poderá ser apresentada na segunda-feira (18). Ou seja, a alegação foi o mesmo "lenga-lenga" e enrolação de reuniões anteriores com a Secretaria de Administração, que resultou na deflagração da greve do dia 28. Vale ressaltar que, por lei, a data-base dos servidores estaduais é maio, e até o momento o governo se negou a apresentar proposta de reajuste.
Por conta da quebra de compromisso por parte do governo, os docentes decidiram não iniciar o próximo período letivo (2012.2) e ainda reter cadernetas de notas de disciplinas do período 2012.1, para cobrar retomada efetiva de negociação. Vale lembrar que nem mesmo para discutir outras pautas também importantes (da campanha SOS UESPI), a Secretaria de Administração manteve a reunião programada para o dia 12 de junho.
Outros encaminhamentos aprovados:
- Enviar à imprensa Nota de Repúdio contra a postura do governo em não ter honrado compromisso com a categoria docente
- Insistir na exigência de reunião de negociação efetiva com o governo sobre a questão salarial e sobre as pautas da campanha SOS UESPI
- Fazer mobilizações públicas (se necessário, no Palácio de Karnak) denunciando o sucateamento da UESPI e o desrespeito do governo para com a comunidade universitária
- Fortalecer a mobilização e construir a greve em todos os campi da UESPI
- Exigir da reitoria um posicionamento acerca das nomeações dos professores classificados no último concurso para professor efetivo; Fazer ações políticas e jurídicas no sentido de fazer as nomeações onde houver necessidade de professor efetivo e realizar novo concurso para professor onde for preciso.
- Territorialização: fazer questionamentos políticos e jurídicos contra a proposta que cria o professor-itinerante (precarização do trabalho docente) e fechar campus da UESPI.
- Cobrar relatório de obras e projetos estruturais pendentes da Administração Superior, inclusive os planejados na gestão anterior.
- Encargos Docentes: encaminhar por email a proposta de Encargos feita pela comissão docente escolhida em assembleia geral, para análise da categoria.
- 57º CONAD (Encontro do Andes SN em Parnaíba, de 21 a 24 de junho): Foram eleitos como representantes da ADCESP a professora Lina Santana e o professor Roberto Kennedy.
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