terça-feira, 10 de novembro de 2015

UESPI: mil e um motivos para lutar. Escolha o seu! Paralisação nesta quarta, 11 de novembro!

Auditório Central do campus Torquato Neto se torna depósito de livros


Nesta quarta-feira teremos mobilização na Universidade Estadual do Piauí (Uespi), com paralisação docente.

Mas por qual motivo estamos lutando?

A lista de motivos para lutar é muito extensa. Muitos deles afetam não apenas professores, como servidores e estudantes. E quase todos eles têm a ver com uma situação que persegue a Universidade desde que ela foi criada: a falta de verbas suficientes para toda a demanda e falta de autonomia.
No momento, os professores estão sendo prejudicados pelo calote do governo Wellington Dias/PT em direitos como mudança de nível, mudança de classe, mudança de regime de trabalho, e no reajuste salarial da categoria aprovado em Lei desde o ano de 2013. O governo também ataca o direito ao uso do Plamta, com cobrança ilegal e abusiva.

O governo proibiu novos concursos para professor efetivo, descumprindo uma Lei que o próprio Wellington Dias/PT assinou em 2009 (Lei Complementar 124), que manda efetivar todo o quadro docente da Uespi. E agora mandou suspender toda contratação ou renovação de contrato de professores temporários/substitutos e estudantes bolsistas.


As condições estruturais dos campi da Uespi são lamentáveis. Os laboratórios são insuficientes e mal equipados. No Torquato Neto, o maior dos campi, muitas salas de aula têm tetos que ameaçam cair. Por conta do risco de desabamento, a Biblioteca Central foi interditada. E para continuar o show de improvisos e gambiarras na UESPI, o auditório central (que já era um improviso também) acabou de se tornar depósito de livros enquanto as obras de reforma da Biblioteca não forem concluídas (foto). Também não existem políticas de assistência estudantil para valer. Não existe sequer um restaurante universitário nos campi para atender aos estudantes.


Toda essa situação de sufoco vivenciada pela comunidade universitária é uma imposição do governo para tirar os recursos que deveria ser investidos na Educação e destiná-los aos empreiteiros, banqueiros (juros da questionável dívida pública) e na contratação de mais cargos comissionados da "base aliada" em diversas secretarias.


E a proposta de orçamento da para a Uespi  em 2016? É uma grande vergonha. Enquanto a Assembleia Legislativa terá acréscimo de R$ 20 milhões para o próximo ano, o orçamento da Uespi será congelado, se a vontade do governo se mantiver. Com isso, a Assembleia (com 30 deputados e funcionando apenas em Teresina) terá R$ 100 milhões a mais de orçamento que a UESPI (que funciona de norte a sul do Piauí e possui mais de 20 mil estudantes).


Temos ou não temos motivos de sobra para nos indignarmos e nos mobilizarmos?

 Todos à luta neste dia 11 de novembro!

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