Em Assembleia Geral, realizada na manhã de hoje
(13/03), professores da Universidade Estadual do Piauí – UESPI aprovaram o
início do Movimento de Greve para a próxima segunda-feira, 18 de março. Estavam
presentes na assembleia docentes dos campi da capital e também representantes
dos campi de Corrente, Floriano, Oeiras, Parnaíba, Piripiri, Campo Maior e
Pìcos. A medida foi tomada diante da falta de abertura de negociação com a
categoria docente, que tenta desde novembro do ano passado audiência com o
governo do Estado, mas sem sucesso.
A categoria reivindica o cumprimento do Plano de
Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) que implica na implantação imediata de
progressões, promoções e mudanças de regime de trabalho, na realização de novo concurso público para
efetivação do quadro docente e ainda a nomeação imediata de todos os
Classificados no último concurso, reposição das perdas salariais dos último
seis anos e recursos para execução de atividades acadêmicas (garantia e
ampliação das bolsas estudantis de iniciação científica, programas de extensão,
monitorias remuneradas e bolsa trabalho).
“Nossos problemas são muitos e são gritantes. São
quase 300 disciplinas sem professor neste início de semestre letivo. A falta de
estrutura e de recursos materiais e humanos comprometem o funcionamento da
instituição. Por isso a garantia, ampliação e o cumprimento integral do
orçamento da UESPI são questões fundamentais. Só assim conseguiremos assegurar
uma estrutura digna, professores suficientes, o fortalecimento das atividades
de ensino, pesquisa e extensão, a ampliação de bolsas estudantis e uma Política
de Assistência estudantil decente”, afirma a professora Rosângela Assunção,
coordenadora geral da Associação dos Docentes da UESPI - ADCESP. As perdas salariais da categoria docente, nos
últimos seis anos, passam de 33%.
O movimento de greve irá iniciar na próxima segunda
(18) e deve contar com forte adesão. “O cenário que já está ruim tende a ficar
ainda pior, já que as medidas anunciadas pelo Governo Wellington Dias devem
aprofundar ainda mais essa crise já instalada da UESPI”, afirma o professor
Antônio Dias, coordenador de comunicação da ADCESP.
A política constante de “arrocho econômico” vem,
neste momento, acompanhada de uma reforma administrativa com publicação de
medidas que mitigam ainda mais os recursos para a universidade.
Dentre essas medidas se encontram: não previsão de
abertura de editais para concurso para professores/as; o congelamento dos
salários, progressões e promoções funcionais de docentes e servidores/as; a
suspensão das monitorias remuneradas, bolsa trabalho e auxílio moradia para os
alunos, ameaça de cancelamento de editais de bolsas de pesquisa e extensão;
demissão de servidores de serviços gerais e segurança, sendo que tais
trabalhadores terceirizados amargam três meses de salários atrasados.
"Aprovamos também nossa solidariedade aos terceirizados e cobramos que
eles tenham seus direitos respeitados", completou Antônio Dias.
A MOBILIZAÇÃO JÁ COMEÇOU!
Desde o início da semana o comando de greve e a
Coordenação Estadual da ADCESP estão organizando ações de mobilizações, com
panfletagens junto a estudantes e professores da instituição, com a
distribuição da “Carta Aberta à Comunidade Uespiana e à Sociedade
Piauiense". Além disso, representes da ADCESP também estão participando de
recepções de calouros, organizadas pelos Centros Acadêmicos e pelo DCE,
elencando a situação de extrema precariedade da UESPI, a necessidade do
movimento do greve e também dos estudantes se organizarem e somarem nessa
mobilização em defesa da Universidade.
UESPI SE
NEGA A MORRER! TODOS/AS EM DEFESA DA UESPI! SOS UESPI!
Nenhum comentário:
Postar um comentário