Quarta-feira, 26 de março de 2019. Um dia histórico para o movimento docente e estudantil da UESPI. Mais de 1 mil estudantes e professores, da capital e do interior do estado, foram às ruas denunciar a situação insustentável em que se a encontra a universidade e cobrar do governo ações efetivas e emergências para sanar os problemas.
A concentração aconteceu no Centro de Ciências da Saúde (CCS-FACIME) e, em seguida, percorreu a avenida Frei Serafim até o Palácio de Karnak, onde aconteceu uma assembleia conjunta da comunidade académica da UESPI.
Logo no início, foi apresentado pela ADCESP as propostas (ou falta delas), também apresentadas na tarde do dia anterior (25/03) para Secretário de Administração, Ricardo Pontes. “Em resumo, o governo não respondeu a nenhuma das demandas dos professores e estudantes e limitou-se a propor a criação de um grupo de trabalho para discutir a situação da universidade, o que não contempla a categoria”, afirma o professor Antônio Dias, coordenador de comunicação da ADCESP.
As falas que seguiram na assembleia reforçaram esse posicionamento, evidenciando que os problemas da universidade precisam de uma solução imediata. A professora Rosângela Assunção acrescentou ainda que o movimento docente pede apenas o que está na lei. “A lei 124/2009, aprovada pelo próprio governador, obrigado a efetivação total do corpo docente da UESPI, o que não aconteceu ainda. A mesma lei garante ainda promoções, progressões e mudanças de regime, que estão atrasadas. Sem falar do reajuste e reposição, que já são direitos adquiridos”, afirma.
OCUPAÇÃO DO PALÁCIO DE KARNAK
Por iniciativa do movimento estudantil, o Palácio de Kamak, foi ocupado no final da manhã como forma de pressionar o governo a receber as categorias e apresentar uma resposta às demandas levantadas. Já no início da tarde, uma comissão formada por estudantes e professores se reuniu com a Superintendente de Relações Sociais, Núbia Lopes.
“Entramos na reunião com uma pauta única: reunião com o Governador. Em nosso entendimento, aquela reunião não iria ter poder de decisão, por isso, garantir uma reunião com o Governador seria mais estratégico para o movimento”, afirma o professor Antônio Dias.
Em ofício redigido e assinado pela Superintendente, após conversa com o Governador Wellington Dias, ficou agendado para a próxima segunda-feira, dia 1° de Abril, uma audiência no Palácio de Kanark, onde serão debatidos os problemas e possíveis soluções para a grave crise enfrentada pela UESPI.
A LUTA CONTINUA - AUDIÊNCIA NO MP-PI, DIA 28/03
A mobilização da categoria docente e também dos estudantes segue forte, com objetivo único de trazer melhorias e condições dignas de funcionamento da Universidade.
Na próxima quinta-feira, 28/03, acontecerá uma audiência pública no Ministério Público Estadual, como mais uma forma de cobrar ações emergenciais em relação as demandas apresentadas por estudantes, professores e também pelo que vem sendo posto pelo próprio ministério público.
No segundo semestre do ano passado, o MP-PI já havia enviado recomendação ao Governo do Estado solicitando a realização de um novo concurso, uma vez que o concurso recém realizado não seria suficiente para suprir a demanda e que, portanto, a universidade continuaria na ilegalidade, uma vez que a lei 124/2009 obrigado a efetivação do quadro do docente.
A UESPI SE NEGA A MORRER!
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