sexta-feira, 28 de março de 2014

ADCESP exige a imediata nomeação dos docentes concursados da UESPI



Nota ao governador Wilson Martins e à toda a sociedade piauiense

Em julho de 2013, o governador Wilson Martins feriu a Lei Complementar n° 124 de 2009, que obrigava o Estado do Piauí a efetivar, em quatro anos, todo o quadro docente da Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Ou seja: durante todo o mandato que teve como governador (desde abril de 2010), Wilson poderia ter realizado diversos concursos para cargo efetivo e nomeado aprovados e classificados nos mais diversos campi da UESPI. Infelizmente, o governador preferiu continuar com o atual quadro de irregularidade da Universidade, que conta atualmente com cerca de 600 professores temporários (também chamados de substitutos), com contratos precários. 

De acordo com notícias veiculadas na imprensa local, o governador deve sair do cargo até o dia 4 de abril, por questões pessoais. Portanto, restam pouquíssimos dias para que ele deixe o Palácio de Karnak e que, como um de seus últimos atos, realize a nomeação de todos os professores classificados no último concurso para cargo efetivo (realizado na UESPI em 2011), nos campi e cursos onde houver necessidade. E mais: que junto com a administração superior da UESPI, autorize e publique edital de novo concurso para professor efetivo, para cumprir a Lei que obriga a efetivação de todo o quadro docente da Universidade. É importante lembrar que a própria Lei Orçamentária Estadual de 2014 prevê a contratação de pelo menos 100 docentes efetivos para este ano.

A situação de cerca de 90 docentes classificados no último concurso efetivo é de grande apreensão e ansiedade, para que o governo realize as nomeações. São mestres e doutores que se dedicaram a muitos anos de estudos e que, por mérito, estão aptos a contribuírem para melhorar a situação da UESPI, através do ensino, pesquisa e extensão. Os professores classificados estão sendo aguardados por alunos de vários cursos da UESPI para ministrarem aulas de disciplinas até o momento “em aberto”, por falta de professor.

A Associação dos Docentes da UESPI, há muitos anos, tem travado uma forte luta por melhorias gerais das condições de trabalho na Universidade, e em defesa dos interesses de toda a comunidade universitária. A pauta da efetivação de todo o quadro docente da UESPI é uma das mais importantes para a comunidade universitária. Ao longo dos quatro anos do governo Wilson Martins, foram muitas as exigências por mais professores efetivos. Lamentavelmente, muito pouco foi feito pela Universidade. E até mesmo a Lei Estadual  124/2009 foi sistematicamente desrespeitada.

A comunidade universitária da UESPI espera que até o “apagar das luzes” do governo Wilson Martins seja dado um salto importante para que a Lei seja cumprida, e que todos os professores classificados no último concurso sejam nomeados e, além disso, seja autorizado novo concurso para buscar a efetivação de todo o quadro docente na UESPI. Caso isso não ocorra, o governador Wilson Martins será lembrado pela comunidade universitária como uma personalidade política que teve toda a oportunidade de mudar o quadro de precariedade da UESPI, mas preferiu melhorar a imagem da UESPI apenas na propaganda oficial.

Teresina, 28 de março de 2014

Associação dos Docentes da UESPI (ADCESP)

Classificados do concurso efetivo para a UESPI lançam nota de repúdio ao governador Wilson Martins. Nomeação, já!



NOTA DE REPÚDIO AO GOVERNADOR WILSON MARTINS

Nós, classificados no último concurso para professores efetivos da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), que ocorreu em 2011, com homologação em março de 2012, repudiamos o DESGOVERNO de Wilson Martins (PSB) e a sua pessoa pelos atos cometidos contra nossa categoria profissional, pelos fatos que seguem:
É incrível como cada vez mais o Desgovernador do Estado do Piauí tem buscado voto para futuras eleições e, para isso, prejudicado a Educação Superior Pública, especificamente a nossa tão querida UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ (UESPI).
Em 2012 foi homologado o primeiro resultado do concurso para efetivos da UESPI, concurso tal que foi INSUFICIENTE para suprir a real carência de docentes na Universidade. Depois disso o que se seguiu foi uma longa e constrangedora luta de nós, professores, para sermos efetivados pela MERITOCRACIA, não por FAVORES POLÍTICOS como vem acontecendo neste Desgoverno.  Vários de nós entramos com mandados de segurança individuais e um coletivo, apoiado pelo Ministério Público Estadual, segundo o qual o (DES)governo deveria contratar e suprir toda a carência de docentes da UESPI. Em vez disso, a preferência por novos concursos para professores temporários (os quais não representam nenhum vínculo com a Instituição e nem com o Governo) reina desde então, ferindo a Lei Complementar Estadual n° 124/2009.
O Senhor Desgovernador sabe que o professor temporário não tem vínculo e nem produz pesquisa, não pode se envolver com atividades fundamentais para uma Instituição de ensino Superior, ou seja, ele não pode colaborar com o tripé ENSINO – PESQUISA – EXTENSÃO, que é a base do ensino superior. Além disso, o professor temporário é superexplorado, e utilizado como mão-de-obra barata e precarizada, sofrendo muitas vezes diversos assédios e perda de direitos.

Senhor desgovernador (com letra minúscula mesmo), lembre-se da reunião que houve conosco, quando o Senhor secretário de Administração e Finanças, Paulo Ivan, bem como o senhor secretário de governo o senhor Wilson Brandão, assumiu um compromisso político conosco na presença do Senhor Reitor da UESPI, Nouga Batista e da Associação de Docentes da UESPI (representada pelo professor Daniel Solon) e, naquela reunião ficou acordado e firmado com sua palavra ( se é que ela algum dia existiu...) que todos os classificados seriam chamados dentro do prazo. Em vez disso, selecionou “alguns” aleatoriamente e deixou a grande maioria esperando o prazo do concurso expirar.

Enquanto o senhor desgovernador sai viajando pelo Piauí para “inaugurar” obras, muitas delas inacabadas como é o caso da UESPI de PICOS, os campi da UESPI de Norte a Sul do Estado estão sem professores efetivos, e muitos alunos ainda sem aulas. A razão? Não é falta de recursos, já que o governo criou INÚMEROS CARGOS COMISSIONADOS, de livre nomeação, para atender aliados políticos, na base da troca de favores. Será que em vez de “enxugar” a conta descontando na EDUCAÇÃO, não seria mais justo desinfetar os Setores Públicos infestados de Parentes e Amigos de Fulano , Sicrano e Beltrano?
O desgoverno atual adota uma postura à qual repudiamos. Somos MESTRES E DOUTORES, estudamos muito para este concurso e não deveríamos viver esta situação de ir ao palácio do Karnak procurar por respostas, ouvir mentiras e nos frustrarmos com tamanha injustiça.
A Universidade Estadual do Piauí merece mais que estrutura física. Merece Ensino de Qualidade, com um número maior de docentes comprometidos com esta causa. Mas para isso falta apenas uma assinatura, falta apenas nomear, convocar quem já está há bastante tempo lutando por seus direitos.  Não buscamos algo utópico, buscamos apenas o mínimo de respeito pelo nosso trabalho e estudo.

Professores Classificados no Concurso para efetivos da Universidade Estadual do Piauí

sexta-feira, 14 de março de 2014

Assembleia da ADCESP aprova moção de solidariedade à greve dos servidores da Justiça

Reunida em assembleia geral na manhã de quinta-feira (13), a categoria docente da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) aprovou voto de apoio à greve dos servidores do Judiciário Estadual, cuja luta foi iniciada no dia 6 de março.

Os servidores do Judiciário do Piauí lutam por melhorias salariais e melhoria das condições de trabalho. A categoria buscou várias vezes uma negociação com a presidência do Tribunal de Justiça, mas até o momento não houve sucesso no sentido de atendimento às justas reivindicações dos servidores.

Na quarta-feira (12), o acampamento dos grevistas instalados em frente ao Tribunal de Justiça recebeu a visita de solidariedade da diretoria da Associação dos Docentes da UESPI (ADCESP). Na oportunidade, Daniel Solon, presidente da ADCESP, ressaltou o novo momento político vivido no país, com a retomada das lutas dos movimentos sociais, a partir das jornadas de junho. Ele afirmou que a greve no Judiciário está ligada a este processo e que é preciso se espelhar na luta dos garis do Rio de Janeiro, que saíram vitoriosos depois de muita mobilização.

A representação da ADCESP (entidade filiada à Central Sindical e Popular - CSP Conlutas) afirmou que a luta dos servidores do judiciário do Piauí não é isolada, e fez o chamado para que o Sindicato do Servidores do Judiciário (Sindjus) estudasse a possibilidade de participar da atividade "Espaço de Unidade e Ação", em São Paulo - SP, que acontecerá dia 22 de março, para programar as lutas que virão no próximo período.

Para a ADCESP, é preciso buscar a unidade de todos os lutadores em defesa de direitos, e contra o processo de criminalização dos movimentos sociais que pode ser ainda mais acirrado com o "AI-5 Padrão Fifa" (conjunto de projetos de lei que querem "regulamentar" as manifestações de rua, tratando manifestantes como terroristas).

Agora e na Copa, vai ter luta!

Todo apoio aos servidores do Judiciário do Piauí!



quinta-feira, 13 de março de 2014

Assembleia Geral Extraordinária da ADCESP delibera primeiras atividades conjuntas para o semestre

A categoria de docentes da UESPI se reuniu em Assembleia Geral extraordinária na manhã desta quinta-feira (13) para discutir pendências relacionadas ao processo coletivo para correção do "Adicional por Tempo de Serviço" , para professoras e professores que ingressaram na UESPI até agosto de 2003. Também foram discutidos na assembleia pontos acerca da nomeação dos classificados no último curso para docência efetiva na instituição, da caravana estadual de filiação da associação, além de debates sobre políticas de permanência docente no interior e de desenvolvimento científico-social no Piauí e as respostas da universidade ou ausência delas, tocando nos reflexos da mineração, da transnordestina e da seca.

Na pauta de direitos trabalhistas, a advogada Fábia Ferreira explicou sobre o congelamento do adicional por tempo de serviço, que afeta uma parcela de docentes desde 2003. “O adicional por tempo de serviço era devido, a lei que o instituiu o instituiu em porcentagem, que era de 3% a cada triênio. Em 2003 tanto o governo federal como os governos estaduais retiraram esse adicional e quem já tinha o direito de receber-lo teve os valores congelados. O direito dos professores é que os valores sejam reajustados de acordo com a porcentagem que foi congelada”, explicou.

“Vamos entrar com um processo para que o salário dos docentes sejam reajustados de acordo com a porcentagem da época de 2003. Faremos dois pedidos: um para que seja reajustado de imediato e outro no que e refere ao retroativo, que possui prescrição de 5 anos e que também será objeto do nosso pedido.

Para isso as e os docentes interessados(as) e que sofrem perda do adicional deverão providenciar até o dia 8 de abril, - data da próxima Assembleia Geral – os seguintes documentos:

a) Cópia do RG e CPF;
b) Todos os contra-cheques do ano de 2003 (data do congelamento do adicional);
c) Para os não-aposentados: cópias de todos os contra-cheques do ano de 2014. Para os aposentados: cópias de todos os contra-cheques do ano do aposento;

Durante a assembleia a assessoria jurídica ainda tratou sobre os custos do processo e da gratuidade para os conveniados. “A ADCESP vai ceder a assessoria jurídica para os associados para que seja feito esse processo e também vai ceder para os não associados. No entanto não podemos igualar associado com não associado e é por isso que vamos falar de honorários. Quem não for associado ao sindicato fará contrato particular. Para quem já for associano não serão cobrados os valores advocatícios contratuais”, garantiu Flávia.

Sobre a caravana estadual de filiação da ADCESP, uma primeira viagem já está agendada no calendário da associação. No mês de março, membros da ADCESP visitarão três campus. No dia 19 de março o campus de Corrente. No dia 20, a UESPI de Bom Jesus. E no dia 21 de março o campus da universidade estadual em Floriano. Durante a caravana serão avaliadas e discutidas as condições de trabalho docente no interior bem como questões infraestruturais da universidade. Também foi marcada para a próxima terça-feira (18), às 11 h, no Anfiteatro do CCN, no campus Torquato Neto, uma reunião para tratar da inserção da UESPI, ou da ausência dela, na política de desenvolvimentismo do Estado. Serão debatidas e encaminhadas propostas relacionadas a como a pesquisa e a extensão da universidade respondem ou interferem na realidade das sociedade piauiense, principalmente das comunidades mais desassistidas.


CALENDÁRIO 
  • 18 de Março: Reunião sobre a pesquisa e a extensão da UESPI e suas respostas ou interferencias na realidade das sociedade piauiense, às 11h, na sala de vídeo do CCHL; 
  • de 19 a 21 de Março: Caravana de filiação da ADCESP; 
  • 22 de Março: dia Mundial da Água. Participação no ato às 9h na ponte Estaiada; 
  • 31 de Março: Ato em repúdio aos 50 anos do golpe militar; 
  • 4, 5, 6 de Abril: Encontro de Setor das Estaduais do ANDES.

terça-feira, 11 de março de 2014

ADCESP convoca: Assembleia Geral da categoria





Às 9 (nove) horas da próxima quinta-feira (13), no Auditório Central do campus Poeta Torquato Neto, haverá Assembleia Geral de Docentes da UESPI com as pautas:

a) Informes;
b) Processo coletivo para correção do "Adicional por Tempo de Serviço" para professoras e professores que ingressaram na UESPI até agosto de 2003;
c) Encaminhamentos.

A Diretoria.


segunda-feira, 10 de março de 2014

Governo protela, mas professores continuam na luta pela nomeação dos classificados na UESPI

Professores e estudantes aguardam reunião com governo e reitoria
Após horas de espera, a representação da Adcesp e seis professoras e um professor  classificados no último concurso para docência efetiva na Universidade Estadual do Piauí (UESPI) foram recebidos por membros do governo do Estado em audiência no Palácio de Karnak. A reunião teve como pauta a necessidade e urgência da nomeação dos e das docentes classificados do concurso realizado no fim de 2011 para cargo efetivo. A validade do concurso expira na próxima semana (dia 19).


“Temos uma preocupação em pensar que durante todo esse processo temos perdido muito, não só no sentido de tempo e de energia mas de forças para a instituição também. Porque a universidade tem carência. As vagas [para professores efetivos] existem e estão sendo ocupadas na maioria das vezes por professores temporários, que não podem exercer o papel no Ensino, Pesquisa e Extensão, que é o que move a universidade. Esses professores, na maioria dos casos trabalham apenas com o Ensino, e por isso tem uma série de limitações”, afirma a professora Iraneide Silva, classificada para a docência no curso de História no campus Herois do Jenipapo, município de Campo Maior, a 81 km de Teresina. 

Mais de 100 docentes, professores e professoras, foram classificados no último concurso para docente efetivo na universidade estadual. Após 27 meses, a beira de acabar a validade do concurso, o governador Wilson Martins (PSB) e seus gestores alegam que a nomeação total dos professores afetaria a folha de pagamento, e com isso haveria desrespeito a Lei de Responsabilidade Fiscal, o que é questionável, já que os governos quase sempre manipulam dados para negar reajustes salariais e aumentar contratações. Em contrapartida, o Ministério Público (MP) aponta o cumprimento da Lei Complementar 124/2009 (Plano de Cargos dos docentes), que estabelece o prazo limite de julho de 2014 para a efetivação de todo o quadro docente da universidade (prazo esse que já foi prorrogado por mais um ano em junho do ano passado, através de uma lei, sem que houvesse acordo com a categoria docente). O MP pediu ainda a suspensão do concurso para docente temporário lançado pela reitoria no início deste ano.



Para Franklin Oliveira, pós-doutorando em Linguística e classificado no curso de Letras Português no campus Poeta Torquato Neto, em Teresina, a contratação de docentes definitivos para a casa deve ser prioridade. “Essa política de contratar professor substituto acaba prejudicando a instituição que poderia ter professores efetivos com uma boa titulação. Na época em que fui classificado para professor efetivo eu já trabalhava como substituto. Daí eu questiono esse nome substituto porque na maioria das vezes ele não está substituindo nenhum outro professor efetivo. Por isso estamos aqui reivindicando para que este concurso de substitutos e temporários seja cancelado e o governador nomeie todos os últimos classificados e faça um novo concurso para efetivos, para que a UESPI possa realmente crescer”, propõe.

“O professor temporário não se envolve tanto com a universidade como um professor efetivo porque tem um prazo a cumprir. Esses professores temporários não tem nenhum vínculo de pesquisa com a instituição, o que aconteceria se ele fosse efetivo pois já possui vínculos de produção de pesquisa no próprio contrato. A UESPI está perdendo porque a grande parte dos seus professores não tem essa possibilidade de desenvolver e participar de grupos de pesquisa” alertou o professor.



A contratação de docentes também reflete diretamente na formação acadêmica de estudantes que reivindicam mais professores da universidade e reclamam na demora e na indiferença por parte do governo em relação à instituição . “O que a gente vê é um total descaso com a Educação. Há muito tempo houve esse concurso para professor efetivo que veio com as mobilizações e reivindicações feitas em 2011, com o #SOSUESPI. A necessidade existe há muito tempo e o governador simplesmente não observa e dá as costas para a universidade. Isso demostra o descaso do governo com a Educação e com a universidade. Ele está mais preocupado com acordos políticos, acordos que vão beneficiar tão somente a um grupo ao qual ele pertence e não em relação à sociedade”, avalia Lucas Araújo estudante do curso de Direito, no campus Torquato Neto.

“A universidade cumpre um papel muito importante para o desenvolvimento do Estado e a contratação de mais professores efetivos reflete diretamente no seu funcionamento. Não deveríamos nem estar reivindicando essas nomeações isso já deveria ser uma pauta concreta que o governo deveria ter realizado de imediato. Estamos aqui justamente para fazer valer os direitos que todo cidadão tem: de ter uma boa educação, em que os professores e os estudantes sejam valorizados”, explicou Lucas.

Para a professora Iraneide a cobrança por parte da comunidade universitária se faz necessária nessas últimas semanas decisivas para a convocação dos professores classificados. “Há demanda, há vaga. No entanto a gente fica nessa queda de braço incansável com o Estado para ter uma resposta. Ao mesmo tempo também apostamos que o Wilson Martins efetive essas nomeações devido a necessidade, devido à pressão social e política tanto nossa quanto de professores já nomeados e alunos também, que estão na ponta sem aula, que estão atrasando seu curso por conta da falta de professores. Vamos buscar nossa nomeação antes desse concurso vencer”, acredita a professora que também já atuou como docente temporária na universidade.

Após a reunião com representantes do governo Estadual sem avanços concretos, as e os professores, com apoio da ADCESP e do movimento estudantil, devem focar forças no processo do Ministério Público, que tramita nas vias judiciais exigindo o cancelamento do concurso para substitutos e a nomeação dos classificados no certame de 2011. Além disso, os classificados continuarão realizando manifestações, junto com a Adcesp, para denunciar o descaso do governo que poderia, de imediato, realizar nomeações e um novo concurso para professor efetivo.


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Fonte: ACS - ADCESP

sexta-feira, 7 de março de 2014

8 de Março: ADCESP se junta a outras entidades no combate ao machismo e a exploração

A Adcesp participou na manhã desta sexta-feira (07) da abertura da programação feminista do 8 de Março em Teresina. A atividade foi realizada na Praça Pedro II, Centro da capital, onde também era programado o “Dia da Mulher Servidora”, organizado pela prefeitura municipal. O evento da prefeitura para a data em memória a luta pela emancipação das mulheres ofereceu coffee break, aulas de ginástica e palestras sobre empreendedorismo e finanças domésticas em uma tenda montada no centro da praça do Theatro 4 de Setembro. 



“Nós não precisamos de cafezinho da manhã, de bolo de comemoração. O que a gente precisa é de um prefeito comprometido com a Educação, que valorize a servidora. Precisamos de secretários que se preocupem com o serviço público. E é por isso que nós, mulheres, estamos aqui dizendo que não queremos esse circo armado. Queremos valorização do nosso trabalho, queremos um ambiente de trabalho adequado, segurança para ir trabalhar.”, contrapôs Clesiana Medeiros, professora da rede municipal de ensino e membro do Movimento Mulheres em Luta, enquanto fazia fala em um carro de som que chamava a atenção de quem passava pela praça.

Para as organizadoras e militantes do Movimento Mulheres em Luta (MML), a ideia da intervenção era de discutir com as servidoras e demais presentes no evento que tipo de debate se coloca acerca da reflexão sobre a mulher e a sua rotina de trabalho principalmente no que diz respeito ao serviço público, bem como as demais relações sociais machistas, racistas, homofóbicas e classistas que afetam o gênero.
Panfletos eram distribuídos durante a intervenção 

Daniel Solon, que representou a diretoria da Adcesp no ato de rua, concorda com o espírito da data apontado pelas organizadoras da intervenção. “Este não é um momento de festa nem muito menos de comemoração. É hora de rememorar as lutas históricas da classe trabalhadora, em especial a luta da mulher trabalhadora por direitos. O que temos visto ao longo dos anos é um completo abandono da mulher trabalhadora em todos os sentidos”, reafirmou.

Um dos pontos de descaso do governo mais criticados na manifestação foi o que se refere a Lei 11.340/06, mais conhecida como Lei Maria da Penha. “Antes da Lei Maria da Penha o índice de mortes de mulheres era de 5,8 a cada 100 mil mulheres e depois da Lei Maria da Penha nós tivemos um índice de 5,33 mulheres mortas a cada 100 mil o que mostra que a lei nos trouxe falsas promessas, muito por culpa do Estado. O 8 de março é um dia de se cobrar, um dia de se refletir sobre a situação a qual estamos submetidas e cobrar do Estado que não tem dado prioridade a redução da violência. Os gestores e as gestoras do poder público estão colocando nosso país na vitrine de assassinatos contra mulheres”, informou e denunciou Ana Carolina, advogada e também militante do MML.

Além do MML e da Adcesp o ato público contou com a participação de trabalhadores dos Correios, de membros PSTU, estudantes secundaristas organizados no coletivo Reviravolta e Assembleia Nacional de Estudantes Livres (ANEL), além de servidoras e servidores(as) públicos do Sindicato dos Municipais (SINDSERM), que deliberaram no final da Assembleia Geral da categoria pela participação na intervenção. Foram distribuídos folhetos e panfletos com a temática de combate ao machismo e aos grandes gastos da FIFA, pelo não pagamento da dívida pública e pela valorização e mais investimentos nos serviços públicos.


Para dar continuidade ao dia que antecede o 8 de Março, o movimento feminista da capital, em espacial as organizadoras da Marcha das Vadias, articulam, para a tarde desta sexta-feira, a edição do Batuque Feminista em Teresina. "Iremos batucar lembrando as conquistas que já alcançamos até hoje e das muitas que ainda precisamos alcançar não nos esquecemos em nenhum instante das nossas companheiras que foram e ainda são vítimas da violência e do descaso público todos os dias", propõem as organizadoras do batuque alternativo, que já possui centenas de convidados confirmados em evento na internet. A intervenção está programada para as 16 h desta sexta-feira no canteiro da Avenida Frei Serafim, próximo ao cruzamento com a Coelho de Resende. 

Cartaz de mobilização da atividade nas redes sociais.
Amanhã, dia 8 de Março, também haverá debate às 8h30, na sede do SINDSERM




Fonte: Comunicação Social/ADCESP

quinta-feira, 6 de março de 2014

ADCESP APOIA: Ativistas realizam ato público contra a violência à mulher nesta sexta-feira

"Quando uma mulher avança, nenhum homem retrocede".

Nesta sexta-feira (07), às 10h, na Praça Pedro II (centro de Teresina), haverá ato público contra a violência à mulher. A atividade abre a programação do Movimento Mulheres em Luta (MML), e da Central Sindical e Popular – CSP Conlutas (a qual a ADCESP é filiada), no mês em que se rememora o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora. No Dia 8 de Março, Dia da Mulher, haverá debate promovido pelo MML na sede do Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (Sindserm – Rua Quintino Bocaiúva, centro).

No ato público - que também será realizado nos campi da Universidade Federal do interior do Estado, nas cidades de Parnaíba, Picos e Floriano - serão distribuídos panfletos que denunciam a violência contra a mulher e que reivindicam mais verbas para a saúde e educação públicas, moradia e transporte público.

Estima-se que a cada dois minutos, uma mulher é espancada em nosso país. Em 2012, foram registrados mais de 50 mil estupros. Além da violência física, as mulheres também são as maiores vítimas de assédios moral ou sexual. A maioria das vítimas são mulheres negras. Os governos, no entanto, não investem recursos necessários para que a Lei Maria da Penha seja aplicada ou ampliada.

De acordo com o MML, “no país da Copa, aonde mais de R$ 30 bilhões de recursos públicos são gastos com a FIFA e os empresários, as mulheres não conseguem viver sem medo de serem agredidas. É um absurdo que apenas R$ 25 milhões sejam investidos para proteger as mulheres e para combater a violência. Chega de estupros e mortes. Governar para a mulher trabalhadora é investir mais dinheiro para o combate à violência contra as mulheres”.

A ADCESP convoca todas e todos a esta luta diária de combate ao machismo e as demais formas de opressão.



Fonte: ASCOM ADCESP