Os metalúrgicos da General Motors de São José dos Campos entraram em greve por tempo indeterminado, nesta segunda-feira, dia 10, exigindo a abertura de negociações sobre as demissões realizadas pela fábrica neste final de semana. Ao final da assembleia, trabalhadores demitidos rasgaram telegramas que comunicavam os cortes.
A assembleia organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à CSP-Conlutas, reuniu pelo menos 4 mil metalúrgicos do primeiro e terceiros turnos, dando início à luta pela reversão das demissões e por estabilidade no emprego. No sábado, dia 8, trabalhadores da montadora foram avisados, por telegrama, que estavam demitidos.
Até agora a GM não informou qual o número de demissões, mas no domingo, cerca de 250 pessoas participaram da assembleia dos demitidos convocada pelo Sindicato.
Como um ato simbólico, um grupo de trabalhadores rasgou alguns telegramas de demissão, logo após a assembleia de hoje. No domingo, o Sindicato já havia orientado esses trabalhadores a desconsiderarem o telegrama e não realizarem o exame demissional convocado pela GM.
Pressão ao governo federal
Além de cobrar da GM a abertura de negociação, o Sindicato vai pressionar o governo federal para que tome medidas imediatas pela reversão das demissões. O setor automotivo foi amplamente beneficiado com isenção de impostos pelo governo Dilma, que tem de impedir o fechamento de postos de trabalho pelas montadoras.
Os metalúrgicos reivindicam que a presidente Dilma assine uma medida provisória que garanta estabilidade no emprego para todos os trabalhadores do país. Lutam também pela redução da jornada para 36 horas sem redução de salário, proibição da remessa de lucros para o exterior e estatização das empresas que demitirem.
O Sindicato reforça que é contrário ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), já que essa medida reduz salários e não evita demissões. O PPE foi criado pelo governo Dilma com o apoio das centrais sindicais CUT e Força Sindical.
Lay-off
Os 750 trabalhadores da GM que estavam no lay-off iniciado em março retornariam à fábrica nesta segunda-feira, mas também aderiram à greve. A princípio, eles não devem estar na lista dos demitidos, porque têm estabilidade garantida pelo acordo assinado entre GM e Sindicato.
“Os trabalhadores vivem um momento grave, em que seus direitos e empregos estão sendo atacados por todos os lados. Mas não vamos pagar pela crise criada pelo governo. A saída para a classe trabalhadora é a luta, e a greve iniciada hoje mostra que os metalúrgicos estão dispostos a lutar”, afirma o presidente do Sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.
A GM de São José dos Campos possui cerca de 5.200 trabalhadores e produz os veículos S10 e Trailblazer, além de motores, transmissão e kits para exportação.
(Postado originalmente no site da CSP Conlutas: www.cspconlutas.org.br)
Nota de apoio
Teresina-PI, 11 de agosto de 2015.
Os
metalúrgicos da General Motors de São José dos Campos entraram em greve
por tempo indeterminado, nesta segunda-feira, dia 10, exigindo a
abertura de negociações sobre as demissões realizadas pela fábrica neste
final de semana. Ao final da assembleia, trabalhadores demitidos
rasgaram telegramas que comunicavam os cortes.
A assembleia organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à CSP-Conlutas, reuniu pelo menos 4 mil metalúrgicos do primeiro e terceiros turnos, dando início à luta pela reversão das demissões e por estabilidade no emprego. No sábado, dia 8, trabalhadores da montadora foram avisados, por telegrama, que estavam demitidos.
Até agora a GM não informou qual o número de demissões, mas no domingo, cerca de 250 pessoas participaram da assembleia dos demitidos convocada pelo Sindicato.
Como um ato simbólico, um grupo de trabalhadores rasgou alguns telegramas de demissão, logo após a assembleia de hoje. No domingo, o Sindicato já havia orientado esses trabalhadores a desconsiderarem o telegrama e não realizarem o exame demissional convocado pela GM.
Pressão ao governo federal
Além de cobrar da GM a abertura de negociação, o Sindicato vai pressionar o governo federal para que tome medidas imediatas pela reversão das demissões. O setor automotivo foi amplamente beneficiado com isenção de impostos pelo governo Dilma, que tem de impedir o fechamento de postos de trabalho pelas montadoras.
Os metalúrgicos reivindicam que a presidente Dilma assine uma medida provisória que garanta estabilidade no emprego para todos os trabalhadores do país. Lutam também pela redução da jornada para 36 horas sem redução de salário, proibição da remessa de lucros para o exterior e estatização das empresas que demitirem.
O Sindicato reforça que é contrário ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), já que essa medida reduz salários e não evita demissões. O PPE foi criado pelo governo Dilma com o apoio das centrais sindicais CUT e Força Sindical.
Lay-off
Os 750 trabalhadores da GM que estavam no lay-off iniciado em março retornariam à fábrica nesta segunda-feira, mas também aderiram à greve. A princípio, eles não devem estar na lista dos demitidos, porque têm estabilidade garantida pelo acordo assinado entre GM e Sindicato.
“Os trabalhadores vivem um momento grave, em que seus direitos e empregos estão sendo atacados por todos os lados. Mas não vamos pagar pela crise criada pelo governo. A saída para a classe trabalhadora é a luta, e a greve iniciada hoje mostra que os metalúrgicos estão dispostos a lutar”, afirma o presidente do Sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.
A GM de São José dos Campos possui cerca de 5.200 trabalhadores e produz os veículos S10 e Trailblazer, além de motores, transmissão e kits para exportação.
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A assembleia organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à CSP-Conlutas, reuniu pelo menos 4 mil metalúrgicos do primeiro e terceiros turnos, dando início à luta pela reversão das demissões e por estabilidade no emprego. No sábado, dia 8, trabalhadores da montadora foram avisados, por telegrama, que estavam demitidos.
Até agora a GM não informou qual o número de demissões, mas no domingo, cerca de 250 pessoas participaram da assembleia dos demitidos convocada pelo Sindicato.
Como um ato simbólico, um grupo de trabalhadores rasgou alguns telegramas de demissão, logo após a assembleia de hoje. No domingo, o Sindicato já havia orientado esses trabalhadores a desconsiderarem o telegrama e não realizarem o exame demissional convocado pela GM.
Pressão ao governo federal
Além de cobrar da GM a abertura de negociação, o Sindicato vai pressionar o governo federal para que tome medidas imediatas pela reversão das demissões. O setor automotivo foi amplamente beneficiado com isenção de impostos pelo governo Dilma, que tem de impedir o fechamento de postos de trabalho pelas montadoras.
Os metalúrgicos reivindicam que a presidente Dilma assine uma medida provisória que garanta estabilidade no emprego para todos os trabalhadores do país. Lutam também pela redução da jornada para 36 horas sem redução de salário, proibição da remessa de lucros para o exterior e estatização das empresas que demitirem.
O Sindicato reforça que é contrário ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), já que essa medida reduz salários e não evita demissões. O PPE foi criado pelo governo Dilma com o apoio das centrais sindicais CUT e Força Sindical.
Lay-off
Os 750 trabalhadores da GM que estavam no lay-off iniciado em março retornariam à fábrica nesta segunda-feira, mas também aderiram à greve. A princípio, eles não devem estar na lista dos demitidos, porque têm estabilidade garantida pelo acordo assinado entre GM e Sindicato.
“Os trabalhadores vivem um momento grave, em que seus direitos e empregos estão sendo atacados por todos os lados. Mas não vamos pagar pela crise criada pelo governo. A saída para a classe trabalhadora é a luta, e a greve iniciada hoje mostra que os metalúrgicos estão dispostos a lutar”, afirma o presidente do Sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.
A GM de São José dos Campos possui cerca de 5.200 trabalhadores e produz os veículos S10 e Trailblazer, além de motores, transmissão e kits para exportação.
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