Na manhã desta quinta-feira (14),
as Centrais Sindicais realizaram nova reunião na sede da CUT, em São Paulo. Em
pauta, a organização das lutas contra a Reforma da Previdência, que poderá ser
votada ainda neste ano, e possivelmente na próxima semana, além de reafirmar a
posição de que se o governo insistir com a votação, o Brasil vai parar.
Apesar da declaração do senador
Romero Jucá quanto a possibilidade de adiamento da votação para o próximo ano,
o ministro da Fazenda Henrique Meirelles negou tal movimento e declarou que o
governo pretende manter a agenda de votação para este ano ainda. “Temos o
objetivo de votar o mais rápido possível, se possível inclusive de fato ainda
na semana que vem”, disse o ministro à grande imprensa.
A cúpula das Centrais decidiu não
firmar o dia 19 de dezembro como data de Greve Geral. Ainda assim, categorias
estratégicas e importantes para a paralisação, como do setor de transportes e
do funcionalismo público, indicam a data de luta caso o governo coloque a pauta
em votação.
Representando a CSP-Conlutas
nesta reunião, o dirigente Luiz Carlos Prates, o Mancha, reforçou a necessidade
de manter a data da próxima terça-feira. “A pressão do mercado para que a
agenda seja cumprida é forte. Por isso, e por não podermos ter confiança alguma
neste Congresso corrupto, devemos manter mobilização constante, fazendo
campanhas nas bases, nos sindicatos, pressionando o governo e estando atentos
quanto a possibilidade de votação que ainda existe”, destacou na reunião.
O dirigente ressaltou a
disposição de luta das categorias, em especial as dos transportes e do
funcionalismo público, e ainda citou a importante mobilização na Argentina, que
amanhã (15) deve ter dia de luta contra a reforma da Previdência, encaminhada
pelo presidente Mauricio Macri. “Precisamos reunir todos os esforços e manter
este estado de atenção e luta. Se colocarem para votar, vamos fazer a Greve
Geral”, pontuou.
A CSP-Conlutas defende que, caso
o governo coloque a pauta em votação, seja mantido o dia 19 de dezembro para a
Greve Geral contra a Reforma da Previdência, data aprovada no encontro do setor
dos transportes e do funcionalismo público, via Fonasefe (Fórum Nacional das
Entidades dos Servidores Públicos Federais), além de convocar todas as
entidades, os sindicatos, as centrais nos estados para que se organizem nesta
luta, sem nenhuma confiança neste Congresso. Estaremos nas ruas, nos
locais de trabalho, nas escolas, nas fábricas para convocar a Greve Geral em
defesa da aposentadoria dos trabalhadores.
Fonte: cspconlutas.org.br
Central Sindical e Popular - CSP Conlutas