Começou
a Semana de Mobilização: A UESPI ACABA
NOS TRINTA?, que esta sendo promovida pela Associação dos Docentes da Uespi
– ADCESP. O primeiro debate foi sobre a realidade e os desafios da educação
pública, feito pelo Professor Osmar Júnior, do departamento de economia, da
Universidade Federal do Piauí – UFPI. A explanação girou em torno da relação
entre a crise econômica, política e ideológica e as dificuldades enfrentadas
pela educação estadual.
“Estudo
a Uespi por ela ser a instituição mais importante da educação a nível estadual.
A pauta principal da Instituição é investimento, existem outras, mas esta vem
sendo negligenciada há muito tempo”, iniciou o debate.
Professor Osmar Júnior (Semana de Mobilização) |
Antes
de entrar no contexto local, o professor Osmar Júnior fez uma explanação inicial
sobre a conjuntura atual mundial na perspectiva economia, politica e ideológica,
como isso influenciou a realidade nacional, de 2008 até hoje. Como a crise
afetou o estado brasileiro e como essa conjuntura impactou as políticas
sociais, nesse caso a da educação.
“A
política economia do Governo Lula – Dilma é a mesma, baseada no tripé macroeconômico
de política fiscal, controle da inflação, política de cambio livre. A diferença
é que atinge o governo Dilma em outro momento, com a redução da aceleração do
crescimento mundial, redução da arrecadação tributária brasileira, início de um
problema fiscal com a redução de investimentos nas políticas sociais, culminando
no final de 2014 e início de 2015, na agonização da crise econômica e aguda
crise política no Brasil”, explicou o Professor Osmar.
Como isso atinge a Uespi?
Estudo sobre a avaliação do PPA (Plano
Plurianual) e a relação com Programa Universidade de Qualidade para Todos
De
acordo com estudos feitos pelo Professor Osmar Júnior, R$ 78 milhões de reais
deixaram de ser aplicados no Ensino Superior Estadual em 4 anos (R$ 44 milhões
pela Secretaria Estadual de Educação e R$ 34 milhões pela Uespi), houve um descompasso
entre o planejamento e a execução dos gastos pela SEDUC/UESPI no ensino
superior estadual. A execução dos recursos realizada pela SEDUC ficou abaixo de
10%, exceto em 2009.
“É
dramática a situação da Uespi, o que realmente foi gasto na universidade em
relação ao previsto foi baixíssimo nesse programa de Universidade de Qualidade
para Todos, isso deixa marcas gigantescas na Uespi e aprofunda a crise de
infraestrutura, crise do ensino e graduação, acervo bibliográfico, ou seja, de
viabilização dos serviços que a universidade presta”, disse.
Para
finalizar, foram apontados os principais desafios para a Uespi nos próximos
dias.
-
Autonomia financeira;
-
Aumentar a taxa eficaz de gasto global do programa Universidade de Qualidade
para Todos (ensino superior estadual);
-
Elevar investimento em infraestrutura física e equipamentos;
-
Elevar os gastos no ensino de graduação e pós graduação;
-
Unidade dos trabalhadores na luta pela educação pública de qualidade
socialmente referenciada.
“Precisamos
nos unir, sabemos das divisões, não da para combater a força do capital, nesse
momento atual, sem unidade entre os trabalhadores”, concluiu.
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