quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Realidade e desafios da educação pública (SEMANA DE MOBILIZAÇÃO)


Começou a Semana de Mobilização: A UESPI ACABA NOS TRINTA?, que esta sendo promovida pela Associação dos Docentes da Uespi – ADCESP. O primeiro debate foi sobre a realidade e os desafios da educação pública, feito pelo Professor Osmar Júnior, do departamento de economia, da Universidade Federal do Piauí – UFPI. A explanação girou em torno da relação entre a crise econômica, política e ideológica e as dificuldades enfrentadas pela educação estadual.

“Estudo a Uespi por ela ser a instituição mais importante da educação a nível estadual. A pauta principal da Instituição é investimento, existem outras, mas esta vem sendo negligenciada há muito tempo”, iniciou o debate.

Professor Osmar Júnior (Semana de Mobilização)

Antes de entrar no contexto local, o professor Osmar Júnior fez uma explanação inicial sobre a conjuntura atual mundial na perspectiva economia, politica e ideológica, como isso influenciou a realidade nacional, de 2008 até hoje. Como a crise afetou o estado brasileiro e como essa conjuntura impactou as políticas sociais, nesse caso a da educação.

“A política economia do Governo Lula – Dilma é a mesma, baseada no tripé macroeconômico de política fiscal, controle da inflação, política de cambio livre. A diferença é que atinge o governo Dilma em outro momento, com a redução da aceleração do crescimento mundial, redução da arrecadação tributária brasileira, início de um problema fiscal com a redução de investimentos nas políticas sociais, culminando no final de 2014 e início de 2015, na agonização da crise econômica e aguda crise política no Brasil”, explicou o Professor Osmar.

Como isso atinge a Uespi?
Estudo sobre a avaliação do PPA (Plano Plurianual) e a relação com Programa Universidade de Qualidade para Todos

De acordo com estudos feitos pelo Professor Osmar Júnior, R$ 78 milhões de reais deixaram de ser aplicados no Ensino Superior Estadual em 4 anos (R$ 44 milhões pela Secretaria Estadual de Educação e R$ 34 milhões pela Uespi), houve um descompasso entre o planejamento e a execução dos gastos pela SEDUC/UESPI no ensino superior estadual. A execução dos recursos realizada pela SEDUC ficou abaixo de 10%, exceto em 2009.

“É dramática a situação da Uespi, o que realmente foi gasto na universidade em relação ao previsto foi baixíssimo nesse programa de Universidade de Qualidade para Todos, isso deixa marcas gigantescas na Uespi e aprofunda a crise de infraestrutura, crise do ensino e graduação, acervo bibliográfico, ou seja, de viabilização dos serviços que a universidade presta”, disse.

Para finalizar, foram apontados os principais desafios para a Uespi nos próximos dias.

- Autonomia financeira;
- Aumentar a taxa eficaz de gasto global do programa Universidade de Qualidade para Todos (ensino superior estadual);
- Elevar investimento em infraestrutura física e equipamentos;
- Elevar os gastos no ensino de graduação e pós graduação;
- Unidade dos trabalhadores na luta pela educação pública de qualidade socialmente referenciada.

“Precisamos nos unir, sabemos das divisões, não da para combater a força do capital, nesse momento atual, sem unidade entre os trabalhadores”, concluiu.



Nenhum comentário:

Postar um comentário