Na tarde de ontem (28), a Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Piauí (ADCESP) lançou uma carta aberta ao novo reitor da instituição ao governo do Estado tornando públicas, novamente, reivindicações necessárias para a resolução da "crise crônica” pela qual a universidade passa. O documento foi protocolado no Palácio de Karnak durante a solenidade de nomeação dos professores Nouga Cardoso e Bárbara Olímpia, reitor e vice-reitora, respectivamente, eleitos para a reitoria da UESPI quadriênio 2014-2018. A ADCESP está solicitando audiência urgente com o governo e reitoria para tratar das pautas da comunidade universitária.
"A posse do novo reitor é um momento importante para que a comunidade universitária reitere as reivindicações históricas da UESPI, por financiamento adequado, mais e melhores estruturas, efetivação de todo o quadro docente e de técnicos-administrativos, valorização do quadro de pessoal, assistência estudantil e gestão democrática", pontua a carta aberta que ainda citou o movimento de rua SOSUESPI, realizado em 2012, período da gestão do atual reitor enquanto vice do seu antecessor, professor Carlos Alberto.
O documento ainda reivindica a efetivação do tripé universitário (Ensino-Pesquisa-Extensão) com as "demandas sociais da classe trabalhadora, do povo pobre e da juventude do Estado do Piauí". A carta é finalizada com cinco pontos de reivindicação:
- Aumento de verbas para a UESPI, já! Pelo menos 5% da receita líquida estadual para a UESPI e 10% do PIB brasileiro para a Educação Pública, já!
- Nomeação dos classificados no último concurso para professor efetivo onde houver necessidade, e realização urgente de novo concurso para efetivação das vagas existentes. Efetivação do corpo técnico-administrativo.
- Política de permanência e assistência estudantil em toda a UESPI através da construção de restaurantes universitários (de verdade), residências universitárias, transporte público interno nas dependências da universidade, ampliação e pagamento em dia das bolsas de permanência!
- Democratização das instâncias da administração colegiada da Universidade – colegiados de curso, conselhos de centro; Conselho Superior Universitário (CONSUN) e Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPEX) – garantindo os princípios básicos da administração pública e representatividade efetiva das diferentes categorias (docentes, discentes e técnicos).
- Ampliação da estrutura da UESPI. Governo e reitoria devem garantir mais espaços em torno do campus Poeta Torquato Neto (prédio em obras da faculdade falida CET; áreas do Instituto Educacional Antonino Freire) para a UESPI. Construção de novos campi e conclusão das obras iniciadas (campus de Picos).
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CONFIRA A CARTA ABERTA NA ÍNTEGRA:
CARTA ABERTA
______ao novo reitor da UESPI e ao governo do Estado do Piauí________
O momento é de nomeação e posse do novo reitor da Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Com maioria expressiva dos votos da comunidade universitária, o professor Nouga Cardoso Batista e a professora Bárbara Melo saíram-se vencedores do processo eleitoral realizado em outubro de 2013. Estudantes, técnico-administrativos e docentes – que no momento do pleito dividiram-se entre quatro candidaturas – hoje se veem unidos na expectativa de que aconteçam mudanças profundas na forma de administrar a Universidade, e na forma como o governo estadual trata a Instituição.
Infelizmente, o histórico da UESPI é de administrações superiores que não dialogaram franca e democraticamente com a comunidade universitária. Além do autoritarismo frente aos movimentos sociais organizados (sindicatos, diretório central de estudantes livre, centros acadêmicos), também tem sido prática comum, ao longo da existência da Universidade, a relação de subserviência e de omissão das sucessivas reitorias frente aos Governos Estaduais, cujos projetos político-administrativos quase nada garantiram em termos financeiros para o bom funcionamento e manutenção da UESPI.
A posse do novo reitor é um momento importante para que a comunidade universitária reitere as reivindicações históricas da UESPI, por financiamento adequado, mais e melhores estruturas, efetivação de todo o quadro docente e de técnicos-administrativos, valorização do quadro de pessoal, assistência estudantil e gestão democrática. As necessidades são muitas e estão inseridas na campanha “SOS UESPI”, que ganhou as ruas e mobilizou a população piauiense por uma realidade melhor para a Universidade.
O Governo estadual e reitoria precisam, de imediato, abrir um canal efetivo de discussão com sindicatos e movimento estudantil, em torno da pauta de reivindicações da comunidade universitária. É preciso colocar em debate o modelo de Universidade que queremos construir e efetivar a tão sonhada autonomia financeira e de gestão administrativa na UESPI, através de dispositivos legais que garantam aumento substancial de repasses e a devida aplicação dos recursos previstos em peças orçamentárias.
É necessário fazer funcionar de fato o tripé ensino-pesquisa-extensão e que isto esteja sintonizado com as demandas sociais da classe trabalhadora, do povo pobre e da juventude do Estado do Piauí. Nas mobilizações da “jornada de junho”, quando a luta em defesa da educação pública teve grande destaque, também foi possível ver as bandeiras e cartazes da campanha “SOS UESPI” exigindo uma Universidade diferente da que temos hoje.
As vozes das ruas por mudanças, lamentavelmente, ainda não foram ouvidas pelos governos federal, estaduais e municipais. E nem pelas reitorias. Por esse motivo, na posse de um novo reitor, tornamos públicas novamente as nossas reivindicações para que se busque resolver a crise crônica da nossa Universidade. O movimento sindical docente, ao mesmo tempo em que exige efetivas mudanças – para melhor – na nova administração superior, conclama a toda a comunidade universitária a ficar atenta e mobilizada em defesa dos anseios da UESPI.
Dentre nossas pautas, apresentamos:
- Aumento de verbas para a UESPI, já! Pelo menos 5% da receita líquida estadual para a UESPI e 10% do PIB brasileiro para a Educação Pública, já!
- Nomeação dosclassificados no último concurso para professor efetivo onde houver necessidade, e realização urgente de novo concurso para efetivação das vagas existentes. Efetivação do corpo técnico-administrativo.
- Política de permanência e assistência estudantil em toda a UESPI através da construção de restaurantes universitários (de verdade), residências universitárias, transporte público interno nas dependências da universidade, ampliação e pagamento em dia das bolsas de permanência!
- Democratização das instâncias da administração colegiada da Universidade – colegiados de curso, conselhos de centro; Conselho Superior Universitário (CONSUN) e Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPEX) – garantindo os princípios básicos da administração pública e representatividade efetiva das diferentes categorias (docentes, discentes e técnicos).
- Ampliação da estrutura da UESPI. Governo e reitoria devem garantir mais espaços em torno do campus Poeta Torquato Neto (prédio em obras da faculdade falida CET; áreas do Instituto Educacional Antonino Freire) para a UESPI. Construção de novos campi e conclusão das obras iniciadas (campus de Picos).
Associação dos Docentes da UESPI - ADCESP
28 de Janeiro de 2014
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