A Universidade Estadual do Piauí, por ser
a maior Universidade Pública do estado, necessita urgentemente de investimentos
que supram as carências históricas, tanto estruturais como de valorização de
seus quadros. Sua atuação no interior e na capital possui relevância
fundamental para o desenvolvimento deste estado, pois, é através desta
instituição que grande parte das famílias do Piauí ingressam ao ensino
superior, desenvolvendo pesquisas, extensões e fomentando um ensino com
perspectivas emancipadoras para nossa realidade.
Infelizmente, todos estes benefícios que
poderiam ser expandidos e melhor implementados para benefício do estado sofrem
com os baixos investimentos direcionados à instituição. O Governo de Wilson
Martins (PSB) demostrou, ao longo de sua gestão, que não se preocupa com a
valorização do ensino público superior e, vem sucessivamente desferindo ataques
contra esta IES.
Em 2012 os docentes iniciam a terceira
greve consecutiva em menos de dois anos, o que explicita não somente a péssima
remuneração ofertada, mas, principalmente, as condições insalubres e sobrecarga
de trabalho, baixo incentivo para qualificação, a falta de perspectivas de
desenvolvimento de uma educação socialmente referenciada, laica, expansiva e de
qualidade, dentre outros pontos.
Por todos estes motivos as greves
deflagradas pela categoria docente resvalam, também, em todas as outras
existentes na IES. Os estudantes não possuem nenhuma política de assistência
estudantil, os servidores amargam um plano que precariza ainda mais o
trabalho da categoria, com um reajuste indecente proposto pelo governo. Tudo isso não será resolvido com perspectivas de
investimentos pontuais, isolados e sem fundamentação em longo prazo, como vem
fazendo o Governo do estado.
Em
resposta a tanto descaso, a greve deflagrada neste segundo semestre (2012.2) possui
adesão massiva não somente dos campi da capital, mas, principalmente do
interior do estado, que sofre com as maiores precarizações. A UESPI conta
hoje com 12 campi, 16 polos, 850 docentes efetivos, 450 substitutos e,
aproximadamente 15.000 estudantes. Dos campi da UESPI todos estão ou totalmente
paralisados, ou parcialmente, os polos – mesmo possuindo grande número de
substitutos – estão em constantes mobilizações.
A greve é forte e não sairemos dela com
migalhas, ou o Governo de Wilson Martins(PSB) assume compromisso com a educação
superior, ou, nossa resposta se dará nas ruas de todo o estado.
Abaixo
os campi em paralisação total ou parcial.
- · BOM JESUS
- · CAMPO MAIR
- · CORRENTE
- · FLORIANO
- · OEIRAS
- · PARNAÍBA
- · PICOS
- · PIRIPIRI
- · SÃO RAIMUNDO NONATO
- · TERESINA (CLÓVIS MOURA/ FACIME/ TORQUATO NETO)
- · UNIÃO
- · URUÇUÍ
EXIGIMOS o cumprimento imediato das pautas de
reivindicação apresentadas ao Governo em sucessivas e infrutíferas reuniões,
onde o Governador valeu-se, recorrentes vezes, de truculência e ameaças.
EDUCAÇÃO EM GREVE, GOVERNO A CULPA É SUA!!!
A DIRETORIA
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