Chegamos a 12 dias de greve na Universidade Estadual do
Piauí, maior patrimônio da educação deste estado, e, até agora, o Governo de
Wilson Martins (PSB) continua protelando negociações e reafirmando o descaso
com a instituição. A Categoria docente está convocando a todos e todas os/as
docentes para uma nova Assembleia Geral –
seguida de protesto – a realizar-se nesta segunda-feira(27/08), às 9h, no pátio da Reitoria.
Ao longo das três últimas greves deflagradas na Universidade
Estadual do Piauí (UESPI) inúmeros foram os problemas apontados por todos(as)
que fazem esta instituição. Porém, o Governador Wilson Martins não somente nunca mostrou-se
sensível com tais problemas como sempre fez questão de criminalizar todos os
movimentos contestatórios que nesta IES surgiram, porém, ressaltamos que TODAS as obras realizadas na atual gestão foram
frutos – além de escassas, mal realizadas e pontuais – das constantes
reivindicações e lutas feitas por estudantes e professores.
A atual realidade da UESPI é reflexo imediato da forma de
governo que temos. Governo este que não prioriza a educação pública como um bem
inestimável para o desenvolvimento deste estado e que a cada dia sucateia ainda
mais esta instituição que poderia dar um
salto qualitativo em todos os níveis caso tivéssemos a conta da instituição
desvinculada da conta do Estado (como até bem pouco tempo) ou o investimento de
5% da receita líquida do estado destinados à UESPI, mas o que vimos na votação
na ALEPI foi um verdadeiro massacre por parte dos deputados que, à exceção de
apenas cinco, votaram todos contra a UESPI e a favor do governo.
Diante desta situação, torna-se inadmissível vermos docentes
e estudantes indo às ruas, literalmente, mendigando melhorias para um
patrimônio de todos e todas - A UESPI - enquanto o governador desbanca milhões
de incentivos para a iniciativa privada, nomeia sua esposa como conselheira do
TCE-PI para fiscalizar suas próprias contas, nomeia um dos maiores tubarões da
educação privada para a secretaria de educação do Estado, dentre inúmeros
outros escândalos.
Mesmo diante todo este quadro, ainda encontram-se aqueles
que em nome de uma "verdade" se dispõem a criminalizar a greve e os
que dela fazem parte. Acreditamos que movimentos fortes com adesão de todo o
estado como ocorre nesta greve não se dão por acaso, nem são frutos de
“picuinhas” e/ou perseguições políticas, são frutos do sentimento de indignação
de toda uma população que vê seus direitos mais fundamentais serem usurpados em
nome da ganância dos que hoje ocupam o Karnak.
Procuraremos - como sempre fizemos - o diálogo mais salutar
para a resolução de nossos problemas, porém, não admitiremos mais ameaças,
descasos e falta de compromisso por parte do governo. Nossas respostas se darão
nas ruas, se preciso for!
A DIRETORIA
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