SEM AVANÇO NAS NEGOCIAÇÕES, ASSEMBLÉIA GERAL DEBATERÁ DEFLAGRAÇÃO DA GREVE NO INICIO DO PERÍODO LETIVO.

     Desde o dia 18 de março, representantes da ADCESP e do movimento estudantil da UESPI buscam respostas efetivas através de negociações com o governo do estado, sem êxito. Por diversas vezes – desde a suspensão da greve em maio, até agora – buscamos o diálogo mais saudável possível para que pudéssemos chegar a um acordo que possibilite resolução aos graves problemas que a Universidade Estadual do Piauí sofre. Sem interesse do Governo em dar andamento às negociações convocamos a todos os/as docentes da UESPI para uma Assembleia Geral nesta sexta-feira (03), às 9h no Anfiteatro do CCN, Campus Torquato Neto.  Debateremos sobre a postura do Governo e a deflagração de greve no inicio do período letivo, dia 13/08.

     Infelizmente, constatamos que durante todo este tempo a postura do Governo de Wilson Martins(PSB) não somente em relação ao andamento das negociações, mas também com o trato para com os representantes UESPI foi de total descompromisso e falta de respeito. Por diversas vezes, fomos obrigados a ficar durante horas esperando no Palácio de Karnak a boa vontade do governador em nos atender, outras tantas vezes fomos informados por representantes do governo – em cima da hora – que a reunião marcada havia sido cancelada, sem nenhuma justificativa.

     Além da total falta de respeito com os representantes Universitários, nenhuma das propostas apresentadas pela equipe do governo contempla minimamente as necessidades mais urgentes desta IES. Wilson Martins vem sucessivamente desferindo ataques à Educação Pública para favorecer os grandes empresários do ensino privado de nosso estado. Prova disso, é ter entregue a pasta de educação nas mãos de um dos maiores donos de faculdades privadas do País (Sec. Átila Lira) que durante toda sua gestão demonstra total falta de respeito e compromisso com o ensino Público.

     A ADCESP alerta para a necessidade de encaramos os desafios presentes nas construções das lutas em defesa da Educação, assim como fazem atualmente nas Universidades Federais e nos IFES milhares de docentes, servidores e estudantes em uma greve histórica, com precedentes somente no período da ditadura militar, que reafirma ao  Estado sua obrigação para com a Educação, apesar dos constante ataques do Governo Federal que ameaça, inclusive, o corte de pontos. Este é o único meio de reafirmarmos o modelo de educação superior que almejamos: Pública, laica, socialmente referenciada, expansiva e de qualidade.

     Se durante o período de crescimento econômico o governo não investiu nenhum centavo a mais nas áreas sociais, não será em épocas de crise que fará isso de bom grado. Devemos reafirmar a força que o conjunto de pessoas que constroem a maior Universidade Pública do Estado do Piauí possuem para darmos um grito de alerta ao governo de Wilson Martins: NÃO PAGAREMOS PELA CRISE!

     Ou valorizamos a educação, ou daremos um passo para o fracasso na construção de nossa sociedade. Dinheiro tem, é só priorizar!

Reivindicamos:
·         Respeito e cumprimento à data base da categoria;
·         Reajuste salarial digno, como calculado pelo DIEESE;
·         Reforma imediata nas instalações físicas da Universidade;
·         Construção de R.U e moradias Universitárias em todos os campi da UESPI;
·         Contratação imediata de todos os aprovados no concurso público.
 

A DIRETORIA

GOVERNO AINDA NÃO APRESENTOU POSICIONAMENTO EM RELAÇÃO A DECISÃO DA CATEGORIA, E EMPURRA COM A BARRIGA A NEGOCIAÇÃO!

     Após votação em assembleia geral, sobre a proposta de reajuste salarial aceita pela categoria esperamos um posicionamento do Governador Wilson Martins(PSB). Na manhã de ontem segunda-feira (23), a ADCESP entrou em contato com o representante do governo nas negociações, Evaldo Ciriaco, que nos informou que se reunirá com o Governador ainda hoje terça-feira(24), e só então poderá apresentar um posicionamento para a categoria.

     Na ultima assembleia realizada no dia 12 de julho, os docentes da UESPI assinalaram aceitação à proposta de reajuste de cerca de 37% ainda para este mês. Acorreção só terá validade para este ano. A proposta foi apresentada após o Governo do Estado descumprir o reajuste na data base da categoria no mês de maio, a medida visa equiparaçãodo piso da UESPI ao piso das Estaduais do Ceará, porém, amarra para os anos de 2013 e 2014 apenas o reajuste inflacionário mais 5%. O governo deverá apresentar um posicionamento com urgência visto que o prazo para pagamento do reajuste se encerra no fim do mês.

NOMEAÇÃO DOS PROFESSORES CLASSIFICADOS

     Outro assunto que vem preocupando os docentes da UESPI é a enrolação do governo do estado na nomeação dos professores aprovados no ultimo concurso público. O Secretário de administração, Paulo Ivan, já havia dito que a contratação se daria de acordo com a “necessidade da Universidade e as possibilidades financeiras do estado”, no entanto, o que constatamos na Universidade é a total precarização das condições de ensino, justamente, pela falta de um quadro efetivo de professores, além das péssimas condições estruturais da UESPI. A ADCESP entende que é urgente a necessidade de contratação não só dos aprovados, mas, também, dos classificados. Acreditamos, ainda, que dinheiro não seja o problema mais urgente do governo, o que falta é priorização dos investimentos na educação. O promotor Fernando Santos também endossa o posicionamento da ADCESP na defesa da nomeação imediata.

     A reitoria da Universidade abraçando o jogo de empurra transfere a culpa do atraso nas nomeações para o Governo do Estado, que por sua vez, culpa a Administração Superior da UESPI. Convocamos todos e todas os/as professores/as aprovados e classificados no ultimo concurso público para unirem-se a ADCESP e aos docentes desta IES em defesa da melhoria de nossa Universidade.

     Se as negociações não avançarem e o governo não cumprir com o compromisso de contratação dos concursados, reajuste salarial e melhorias estruturais para a UESPI, mobilizaremos a categoria, que sempre se mostrou solidária e participativa para darmos a resposta a altura no inicio do período letivo do segundo semestre de 2012.

CHEGA DE ENROLAÇÃO, QUEREMOS UMA UESPI DE QUALIDADE, JÁ!

A DIRETORIA

DOCENTES APROVAM CONTINUIDADE DO ESTADO DE GREVE ATÉ QUE O GOVERNO FORMALIZE E CUMPRA COM PROPOSTA DE REAJUSTE SALARIAL.

     Em assembleia geral da categoria ocorrida nesta quinta-feira (12), os docentes da UESPI  sinalizaram aceitação a proposta de reajuste salarial apresentada pelo representante do governo nas negociações, Evaldo Ciriaco. Em relação ao ano de 2012 – com o descumprimento do reajuste na data base (maio) – a categoria aprovou a  proposta de reajuste apresentado pelo estado de 36% para o mês de julho equiparando ao piso da Estadual do Ceará com a exigência de não haver escalonamento. O representante apresentou ainda a proposta de reajuste inflacionário mais 5% para os anos de 2013 e 2014. O resultado da Assembleia será encaminhado para análise do governo.

     Apesar de sinalizada a aceitação ao reajuste apresentado pelo governo, os docentes permanecerão em estado de greve até que o governo formalize e cumpra o acordo.  Ressaltados os exemplos de descumprimento, por parte do governo do estado – em relação a negociações firmadas com outras categorias – e com a mobilização dos técnico-administrativos da UESPI que reivindicam aprovação do Plano de Cargos e Salários (PCCS) com perspectiva de deflagração de greve no início do segundo semestre de 2012, fica evidente a necessidade de permanecermos em caráter de mobilização constante para garantirmos ganhos efetivos para o conjunto da Universidade. A categoria reivindica também a imediata convocação dos professores classificados no último concurso público, além de melhorias gerais para a estrutura da UESPI.