segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Orçamento e financiamento da UESPI é pauta no campus Clóvis Moura



A Associação dos Docentes da UESPI (ADCESP) realizou no dia 17 de novembro, no campus Clóvis Moura, atividade para discutir orçamento e financiamento da universidade. A atividade teve participação de professores e estudantes, além da presença do relator do orçamento do Estado, Deputado Cléber Eulálio.

A discussão girou em torno da situação de descaso com aUESPI, bem como das possíveis soluções e reivindicações da comunidade acadêmica conjuntamente com poder público e administração superior.

Lamentavelmente, o poder público e a reitoria não compareceram. A Secretaria de Planejamento e o reitor Carlos Alberto não justificaram sua ausência, demonstrando mais uma vez a falta de compromisso com a UESPI. Durante todo esse semestre a ADCESP e a campanha SOS UESPI tem feito várias tentativas de diálogo, convocando os dois setores para reuniões e audiências públicas, e a resposta tem sido a mesma: Descaso.

Durante o debate, o relator do orçamento falou do acrescimo do orçamento da UESPI, que irá para 138 milhões, ao que o movimento responde ser ainda insuficiente. Ao ser questionado da insuficiência de verbas, Cleber Eulálio responde a velha máxima “onde falta pão, todo mundo chora e ninguém tem razão”, para justificar que todos os setores carecem de verbas. É válido lembrar que o ano iniciou com um aumento de mais de 60% nos salários de deputados.

Professor Daniel Sólon, membro da ADCESP, argumenta que boa parte do orçamento do estado está sendo canalizado para pagamento de dívida interna, enquanto que setores como Educação, Saúde e Segurança são deixados de lado.

A presidente da ADCESP, Lina Santana, aproveitou para lembrar o plebiscito popular iniciado em novembro deste ano que exige 10% do PIB para a Educação Pública e 5% do orçamento geral do Estado para a UESPI. O deputado apontou que uma das soluções para os problemas da Instituição pode ser a quebra do vínculo com a conta única do Estado.

Durante o debate, estudantes destacaram que a autonomia financeira é uma reivindicação antiga da comunidade uespiana, e que já houve pressão de várias formas para que acontecesse, no entanto, nada ainda foi feito.

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