Diante de uma série de graves problemas que passa a Universidade Estadual do Piauí, o governo do Estado continua fazendo vista grossa e mais uma vez não apareceu para discutir a Instituição em audiência pública marcada para esta manhã (12), através do promotor Fernando Santos, sob justificativa de não ter recebido notificação, enquanto a Associação dos docentes do ensino superior e a reitoria da Uespi, receberam o convite há cerca de duas semanas. Isso mostra que a Uespi não é prioridade para o governo.
A audiência pública foi realizada mesmo sem a presença do Governo, a principal discussão girou em torno da falta de professores efetivos na universidade. Segundo pesquisa realizada pelo próprio Ministério Público, pelo menos 50 cursos não tem a quantidade mínima de 5 professores efetivos para funcionar dentro das normas do Conselho Nacional de Educação, por isso, existe a real possibilidade do fechamento desses cursos, o que deixaria milhares de alunos fora do ensino superior, além de ser um atraso para a educação do Piauí.
Atualmente, os estudantes assistem aulas ministradas por professores contratados, no município de Barras, por exemplo, o campus Rio Marataoan que já se transformou em núcleo do campus Heróis do Jenipapo de Campo Maior, todos os professores são substitutos. Dos três cursos, apenas um possui cinco professores, os outros dois, apenas três professores cada um. Situação semelhante nos campi de Uruçuí, São Raimundo Nonato e Piripiri.
A Associação dos docentes da Uespi e toda a comunidade acadêmica, aguarda ansiosamente respostas do Governo do Estado sobre a realização imediata de concurso público para a contratação de professores efetivos para a Uespi. Uma próxima reunião será realizada dia 26 de agosto.